Saiba o que é uma cidade-satélite e veja por que o termo foi proibido no Brasil
O termo "cidade-satélite" foi criado para se referir a cidades que ficam próximo a centros urbanos maiores, como as capitais. Na teoria, a função das cidades-satélites seria de uma cidade-dormitório, onde parte da população se deslocaria diariamente para trabalhar na metrópole e depois retornaria para a casa.
Por esse motivo, as cidades-satélites originalmente não têm autonomia política e são administradas por pessoas nomeadas pelo governador. Devido ao seu caráter residencial, elas também tendem a não ter indústrias, contando apenas com serviços básicos para atender a população.
No Brasil, o maior exemplo de cidades-satélites são as regiões administrativas ao redor de Brasília (DF).
A construção das cidades-satélites foi prevista no plano-piloto de Brasília e tinha como principal intuito o abastecimento da capital com alimentos e mão de obra. No entanto, com o passar do tempo, esses centros urbanos foram crescendo cada vez mais, conquistando maior independência social e econômica.
Foi por isso que, em fevereiro de 1988, o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque publicou um decreto proibindo o uso do termo "cidade-satélite" para se referir às cidades do entorno de Brasília. Segundo o documento, o crescimento dessas cidades fez que elas criassem características próprias, distanciando-se da proposta prevista no plano-piloto.
Desde a publicação, as 33 cidades no entorno de Brasília devem ser obrigatoriamente referidas pelos seus nomes oficiais. Algumas delas são: Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho.