Segundo dados do Banco Mundial, 56% da população global vive em cidades. São mais de 4,4 bilhões de pessoas e, até 2050, 7 em cada 10 pessoas devem viver nos centros urbanos. Vamos saber mais sobre como se dá o processo de urbanização e os benefícios e desvantagens que ele pode causar?
Urbanização é o fenômeno do crescimento populacional e territorial das cidades. Ele pode acontecer pelo próprio crescimento vegetativo da população urbana, mas também por processos de migração da população rural para as cidades.
O processo de urbanização está intimamente ligado ao fenômeno da industrialização dos países e a mecanização do campo. Com a menor oferta de empregos na área rural, a população vai às cidades em busca de oportunidades.
No Brasil, a urbanização se intensificou nas décadas de 1970 e 1980, quando estima-se que 40 milhões de pessoas passaram a morar nos grandes centros urbanos. Até 1950, a maioria da população vivia em zonas rurais. Hoje, segundo o IBGE, quase 85% da população brasileira é urbana.
Quando a urbanização ocorre de forma acelerada e sem planejamento, uma série de problemas sociais podem ocorrer. Entre os principais, estão a precarização das moradias e a falta de infraestrutura de mobilidade urbana e de saneamento básico.
Além da precarização das moradias, a urbanização desenfreada acarreta em mais poluição, mais desigualdade social e danos ambientais, como o aumento do risco de enchentes e deslizamentos. A especulação imobiliária e o aumento da violência também são efeitos da desigualdade social causada pela urbanização mal planejada.
Por outro lado, a vida nas cidades traz uma série de benefícios. Estudos do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e da Fundação João Pinheiro mostram que, no Brasil, a população urbana tem uma expectativa de vida 3 anos maior do que a rural. Isto acontece porque, nas cidades, os índices de escolaridade, emprego e renda são maiores e é mais fácil acessar os serviços de saúde.
O processo de urbanização já é tendência em todo mundo e deve continuar se acentuando nos próximos anos. Porém, para que as cidades sejam lugares dignos para todos, é preciso mudança. Os poderes locais precisam pensar em uma cidade que priorize a mobilidade urbana para todos, com a garantia do acesso e democratização dos espaços. Além disso, é fundamental garantir a dignidade nos espaços habitacionais.