O termo "cidade compactada" pode gerar dúvidas, afinal como fazer uma aglomeração urbana ser compacta? Descubra o significado desse conceito, as vantagens e as desvantagens dele.
"Cidade compactada" é o termo usado por arquitetos, urbanistas e estudiosos da ocupação urbana para se referir a um fenômeno de ocupação do espaço. Cidades compactadas são o oposto de cidades dispersas.
Os termos "compactada" e "dispersa" estão relacionados a densidade. Para os especialistas, a densidade se refere a como pessoas e imóveis ocupam o espaço.
Em cidades compactadas, há alta densidade de pessoas e imóveis, o que gera maior oferta de empregos, atividades de lazer e estudo. Exemplos de cidades compactadas englobam as grandes metrópoles, com tendência de verticalização.
Já em uma cidade dispersa, as distâncias são maiores, como em municípios com periferia residencial e centro onde ocorre a vida social. Exemplos seriam o interior dos Estados Unidos, onde ter um carro costuma ser uma necessidade.
Normalmente, cidades compactadas privilegiam o uso do transporte público e têm vários centros espalhados pelo espaço urbano. Já as cidades dispersas favorecem o uso de transporte individual para sanar as longas distâncias e os caminhos específicos de cada morador.
Nem sempre, porém, a compactação é sinônimo de prédios. Na América Latina, é comum haver alta densidade populacional sem verticalização intensa. Favelas, por exemplo, não são servidas pelo transporte público coletivo.
A compactação urbana pode gerar benefícios, como a facilidade de acesso à educação, ao lazer e ao trabalho. Além disso, o transporte coletivo pode ser valorizado, diminuindo poluição e engarrafamento. Menores distâncias também favorecem o uso de bicicleta e o deslocamento a pé.
Para que esses benefícios ocorram de verdade, é necessário haver estruturação com planejamento. Para isso, atitudes conjuntas do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil são necessárias.