Com o preço dos carros novos disparando, o mercado de seminovos está superaquecido. Quem precisa recorrer a esta categoria, porém, tem de se preocupar com um truque antigo, a adulteração do hodômetro.
Hodômetro é o instrumento que mede a quilometragem que um veículo percorreu. Infelizmente, eles não são tão difíceis de adulterar, e vendedores mal-intencionados fazem isso para conseguir um melhor preço de negociação.
Então, na hora de comprar um carro usado, fique atento a algumas características que podem indicar se a quilometragem está adulterada. Os carros passam por um desgaste natural com o uso, e o hodômetro precisa refletir o estado do carro.
Pneus duram 40 mil km em bom estado, enquanto volantes e estofados sofrem maior desgaste após 60 mil km, e o escapamento e os catalisadores mais de 100 mil km. Caso essas peças tenham sido substituídas e a quilometragem esteja muito baixa, desconfie.
O manual do automóvel tem um campo para as revisões da concessionária. Por mais que as últimas revisões não estejam atualizadas, é possível ter ideia do uso do automóvel. Se a quilometragem não for condizente com os usos anteriores, desconfie.
É possível consultar as seguradoras onde o carro foi avalizado anteriormente. Lá, é possível consultar a quilometragem e ver se os números batem.
Em carros mais modernos, todo o histórico é transmitido para a central eletrônica do veículo, mesmo que o painel seja adulterado. Basta visitar uma oficina ou concessionária que possa acessar o computador e saber a quilometragem correta.
Segundo a lei nº 8078/1990, adulterar o hodômetro de um veículo é crime de estelionato e fraude genérica. A pena para esta ação pode chegar a três anos de prisão.
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