Quem pega ônibus todo dia pode não notar, mas há muito trabalho envolvido para manter uma linha em operação. Uma das principais preocupações dos gestores é saber qual rota o ônibus deve fazer.
Otimizar o trajeto de um ônibus significa que ele estará ocupado a maior parte do tempo, levando pessoas para o lugar onde elas precisam estar. Realizar a rota com alto grau de ocupação é fundamental para qualquer linha.
Um ônibus vazio terá o mesmo custo operacional que um ônibus cheio, porém a receita adquirida será menor. Isso pode fazer com que algumas linhas “não valham a pena”.
Entretanto, o transporte público não deve apenas visar o lucro — é importante atender toda a população. Por isso, prefeituras e gestoras de transporte oferecem linhas com baixa demanda em lugares que não são assistidos por outros meios.
As rotas de ônibus podem ser definidas e mantidas em operação de acordo com vários fatores. Como são de responsabilidade municipal, os Planos Diretores das cidades têm grande peso no planejamento de rotas.
A maioria delas é definida com base em princípios como: - dados de demanda; – dados de oferta; – índices de performance da rota; – demanda por hora do dia; – tempo de viagem; – tempo de espera dos passageiros; – tempo ocioso do veículo; – estrutura de custo; – horário de trabalho de funcionários; – custos operacionais; – custos com pessoal.
Uma vez definidos estes pontos, a linha será posta em operação e, caso mantenha bom volume, continuará em funcionamento. Durante o planejamento inicial das rotas, dados como a localização de indústrias e comércios e maior concentração de moradias são levados em conta.
Nem sempre as rotas são definidas em parâmetros dados. Algumas cidades planejam seu crescimento e estabelecem rotas de transporte coletivo para o sentido em que se espera o desenvolvimento. Foi o caso de Curitiba nos anos 1970.
O avanço tecnológico promete transformar o planejamento e a manutenção de rotas de ônibus no Brasil e no mundo. Está cada vez mais fácil coletar e analisar dados sobre o número de passageiros e os deslocamentos mais comuns.
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