O mercado de carros autônomos crescerá significativamente até 2030, quando um em cada dez veículos será autônomo. A informação é do novo DossierPlus, da Statista, sobre a indústria de veículos sem motorista.
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O relatório estima que a produção de veículos automatizados gere US$ 13,7 bilhões em receita somente nos Estados Unidos. No mundo, o valor deve chegar a US$ 60 bilhões.
A produção anual de carros autônomos deve atingir 800 mil unidades em todo o mundo entre 2023 e 2030. Segundo o relatório, até 2035 a América do Norte deverá concentrar 29% da frota mundial com pouca ou nenhuma intervenção humana.
Por volta de 6 milhões de carros novos vendidos em 2030 serão totalmente autônomos, o que representa aproximadamente 12% das vendas globais de automóveis. Na China, esse número deve chegar a 20%. A previsão é de que os modelos autônomos sejam comercializados em larga escala já em 2022.
Um alto grau de automação pode ser usado com a finalidade de fornecer transporte aos passageiros sem a necessidade de um motorista humano. Os táxis-robôs devem se tornar o principal caso de uso de veículos sem motorista, com um potencial de mercado estimado em US$ 1,2 trilhão. As empresas já gastaram bilhões em atividades relacionadas a pesquisa e desenvolvimento para colher as atraentes recompensas do mercado de robô-táxi.
A demanda global por veículos automatizados também é projetada para estimular o crescimento do mercado de semicondutores e sensores automotivos, o qual deve alcançar um valor de US$ 43 bilhões, de acordo com a McKinsey and Company.
O segmento que mais aumenta é o sensor LiDAR, que pode digitalizar uma área em três dimensões e produzir mapas de alta resolução do ambiente circundante. Esses sistemas serão cruciais quando as máquinas assumirem o controle, ajudando os veículos sem motorista a navegarem e detectarem obstáculos na estrada.
Aceitação do consumidor
O crescimento do mercado de carro autônomo dependerá da velocidade de aceitação do consumidor e da capacidade dos fabricantes de aumentar a produção. No geral, emoções positivas em relação aos carros autônomos são maiores que as negativas, segundo uma pesquisa com mais de 5 mil consumidores realizada pelo Capgemini Research Institute. Enquanto pouco mais da metade dos consumidores sente surpresa ao pensar em carros autônomos, quase 60% dos entrevistados afirmaram experimentar um sentimento de expectativa.
Motoristas com menos de 36 anos de idade estariam dispostos a pagar 15% a mais para ter um carro autônomo. Os consumidores de todas as idades estariam dispostos a gastar em média 11,5% acima do orçamento atual em carros para versões autônomas, e um quarto dos entrevistados disse que se recusaria a investir mais.
No entanto, quase quatro em cada cinco consumidores não confiam em carros autônomos para fornecer segurança suficiente. Mais de 70% dos consumidores não creem que os sistemas de veículos sem motorista estarão a salvo de hackers.
Investimentos em carros autônomos
A Waymo, provedora de mobilidade da Uber, gastou mais de US$ 1 bilhão em pesquisa de carros autônomos nos últimos três anos. Em 2018, a subsidiária da General Motors, Cruise, arrecadou US$ 3,4 bilhões em financiamento. Os recursos levantados pelas startups automotivas aumentaram dez vezes de 2013 a 2018, atingindo um recorde de US$ 27,5 bilhões.
Segundo a PatentSight, a Toyota Motor é a maior proprietária mundial de patentes de condução autônoma, com 1.756 famílias de patentes ativas. O portfólio da Ford cresceu rapidamente de menos de cem famílias de patentes ativas em 2013 para mais de mil famílias em 2018, o que tornou a empresa a terceira maior detentora de patentes de condução autônoma.
Os veículos autônomos estão em atividade na Califórnia (EUA), Pequim (China) e em Hamburgo (Alemanha), onde há infraestrutura para o teste de veículos sem condutor com vedação geográfica. Após bilhões de quilômetros de testes em simulações ou em vias públicas, os veículos autônomos estão começando a ficar prontos para as ruas.
Fonte: Computer World
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