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Empresa paranaense cria primeiro carro autônomo do Brasil

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Já existe no Brasil um carro que pode ser controlado por aplicativo de celular. E não se trata do lançamento de uma gigante da tecnologia do Vale do Silício ou de uma fabricante de luxo alemã, mas de uma inovação brasileira: o modelo “e.coTech4 Autônomo”.

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Lançado pela empresa paranaense Hitech em janeiro, ela já está sendo comercializado e trata-se do primeiro carro autônomo disponível em território nacional.

Os carros autônomos — veículos que podem se locomover com pouca ou nenhuma intervenção do motorista — são classificados em cinco níveis de automação.

A maioria dos modelos comercializados atualmente está no número dois: conseguem acelerar, frear e manter o automóvel na pista, mas o motorista precisa ficar atento durante todo o trajeto.

O nível três já existe em modelos de produção, mas restrito a modelos de alto luxo e com entraves legais para serem comercializados, afinal os carros autônomos ainda são regulamentados em poucas regiões.

O modelo brasileiro desenvolvido pela Hitech chega ao nível quatro de automação. Dessa forma, ele pode transportar passageiros e cargas sem qualquer intervenção do motorista, sendo controlado por um computador que lê os sensores e as câmeras instaladas no veículo para definir o trajeto.

Como funciona o carro autônomo brasileiro?

Para criar o e.coTech4 Autônomo, a Hitech se baseou em um modelo que já existia — a empresa comercializa carros elétricos comuns desde 2016 — e adaptou o sistema de sensores e câmeras à estrutura.

Também foram instalados atuadores automatizados nos que controlam as funções do carro com base nas decisões da inteligência artificial. Freios, acelerador, direção, farol, setas e outros dispositivos podem ser comandados pelo computador. Segundo a empresa, o processo de adaptação dessas tecnologias levou 12 meses.

(Fonte: Hitech/Divulgação)

e.coTech4 conta com sensores e câmeras que detectam obstáculos

Depois disso, a inteligência artificial foi desenvolvida pela Lume Robotics, startup criada por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Dessa maneira, ao detectar obstáculos fixos ou móveis, como um poste ou um pedestre, o carro decide qual manobra fazer e por qual caminho seguir. A Hitech afirma que o e.coTech4 reconhece obstáculos com até 50 metros de distância e responde em menos de cem milissegundos, o que seria o suficiente para um trajeto seguro de até 50 km/h, velocidade máxima do carro.

Veículo exclusivo para uso interno

O carro autônomo brasileiro não pode ser emplacado para rodar por vias públicas como um carro comum. Em primeiro lugar, porque a legislação brasileira — assim como a da maioria dos países no mundo — ainda não regulamentou os carros autônomos.

Pelo mesmo motivo, a fabricante de carros de luxo alemã Audi lançou seu modelo A8 no país sem seus sistemas de automação, os quais ficaram restritos aos poucos países que já os permitem.

(Fonte: Hitech/Facebook)

Carro autônomo brasileiro é indicado para empresas.

Além disso, no caso do e.coTech4, também não é possível rodar em vias públicas por uma limitação tecnológica: o carro precisa “conhecer” o mapa do local onde transitará antes de funcionar de forma autônoma.

Por isso, a Hitech afirma que ele é indicado para transporte de passageiros e cargas dentro de espaços internos de empresas ou órgãos públicos, como pátios de fábrica, estacionamentos, parques e aeroportos. Nesses locais, quem precisar do carro poderá solicitá-lo pelo aplicativo, selecionar sua localização e ser transportado sem a necessidade de motorista.

Fonte: Tecmundo

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