Carros autônomos, robôs, casas inteligentes e inteligência artificial (IA) estão presentes na Woven City, protótipo de cidade inteligente totalmente sustentável e livre de emissões lançado pela Toyota. O projeto pretende criar a primeira cidade programável do mundo, que está localizada na base do Monte Fuji, a apenas 100 quilômetros de Tóquio.
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Higashi-Fuji, antigo local de uma fábrica da montadora, é o ponto de partida para a construção de uma cidade com 700 mil metros quadrados, projetada para abrigar 2 mil pessoas, entre funcionários da Toyota e suas famílias, casais de aposentados, varejistas e cientistas. Os primeiros residentes serão um grupo de 360 inventores, entre jovens, famílias e idosos.
A empresa afirma que promover a conexão humana é um tema importante da cidade. As casas de alta tecnologia, por exemplo, contarão com sensores para monitorar a saúde dos ocupantes. O arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, que trabalhou no World Trade Center 2, em Nova York, e nas sedes do Google, na Califórnia e em Londres, é responsável pelo design.
Desenvolvimento de carros autônomos
A criação da cidade inteligente tem em sua raiz o desenvolvimento de carros autônomos da Toyota. Em 2018, a montadora criou o Toyota Research Institute — Advanced Development (TRI-AD) para desenvolver um software de direção automatizada. No início de 2021, o TRI-AD foi relançado como uma holding, a Woven Planet Group, cujo nome foi inspirado nos teares automáticos inventados por Toyoda Sakichi na década de 1920.
A holding abriga duas empresas operacionais: Woven Core, que desenvolve tecnologia de direção automatizada, e Woven Alpha, que explora novas áreas de negócio, como é o caso da cidade inteligente. O grupo também criou o Woven Capital, um fundo de investimento em estágio de crescimento global de US$ 800 milhões.
Para melhorar a mobilidade com IA, a Woven Planet está desenvolvendo uma série de tecnologias para o mercado de veículos automatizados, apostando na popularização da tecnologia. Em 2024, mais da metade de todos os veículos terão algum nível de automação, de acordo com o International Data Corporation (IDC).
Como será a cidade inteligente?
Para planejar a cidade inteligente, a Toyota está usando modelos de computador que representam partes físicas da cidade para prever e resolver problemas potenciais antes que eles ocorram, por exemplo quanto tempo os residentes terão de esperar antes de embarcar em um ônibus compartilhado.
Todo o espaço urbano será orientado a partir dos dados. Os veículos, edifícios e residentes da cidade serão interconectados por meio de sensores e dados, proporcionando um ambiente para testes de IA e outras tecnologias, incluindo robótica.
A cidade será projetada com três tipos diferentes de ruas: uma para veículos autônomos, outra para pessoas que usam dispositivos de mobilidade pessoal, como bicicletas, e mais uma apenas para pedestres.
Haverá também uma estrada subterrânea usada para o transporte de mercadorias. Uma frota de carros autônomos eletrônicos será usada para transporte, entregas e varejo móvel.
Os edifícios devem ser feitos principalmente de madeira para minimizar a pegada de carbono. Os telhados deverão ser cobertos por painéis fotovoltaicos para gerar energia solar e energia de célula de combustível de hidrogênio. A smart city também visa integrar a natureza em toda a cidade com a vegetação nativa e a hidroponia, um método de cultivo de plantas sem solo.
Fonte: International Data Corporation, Woven City, Toyota Times, Forbes, Bjarke Ingels.
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