Ícone do site Summit Mobilidade

Como o placemaking pode ampliar o acesso à cidade?

Ainda em construção, a Linha 9 do metrô de Barcelona terá 47 quilômetros de extensão e 52 estações

Placemaking é um processo de planejamento, criação e gerenciamento de espaços públicos realizado para estimular a criação de pontos de encontro. A ideia fomentar interações para melhorar uma comunidade, um bairro ou até mesmo uma cidade.

Conheça o mais importante evento de mobilidade do Brasil

Essa ferramenta busca inspirar as pessoas para reinventar coletivamente os espaços públicos, fortalecendo a conexão entre elas e os lugares que compartilham. O processo registra a transformação de pontos de uma comunidade em lugares mais agradáveis e atraentes.

A estratégia ajuda a repensar, de forma colaborativa, os espaços do dia a dia e a enxergar novamente o potencial de parques, centros urbanos, beira-mar, praças, bairros, ruas, mercados, campi e prédios públicos. Para tanto, o placemaking busca descobrir as necessidades e os desejos das pessoas que vivem, usam ou visitam um local, a fim de criar uma visão comum de lugar. Essas informações permitem a implementação de mudanças rápidas que tragam benefícios imediatos para um espaço público e para as pessoas que o frequentam.

(Fonte: PPS/Reprodução)

A organização americana para Projetos para Espaços Públicos (PPS, em inglês) se dedica a ajudar as pessoas a criarem e manterem espaços públicos que construam comunidades fortes e afirma que a estratégia “mostra às pessoas o quão poderosa sua visão coletiva pode ser”. A organização tem uma abordagem pioneira de placemaking que auxilia os cidadãos a transformarem seus espaços públicos em lugares vitais que destacam os ativos locais, estimulam o rejuvenescimento e atendem a necessidades comuns.

Origem do placemaking

Embora o Project for Public Spaces tenha começado a usar consistentemente o termo em meados dos anos 1990 para descrever a abordagem, parte do pensamento por trás do placemaking ganhou força nos anos 1960, quando pessoas como Jane Jacobs, William Whyte e Jan Gehl introduziram ideias inovadoras sobre projetar cidades para as pessoas, e não apenas para carros e shopping centers.

Jane Jacobs defende que as ruas com pessoas são mais seguras, pois elas são responsáveis por observar o uso dos espaços e zelar por sua segurança. Holly Whyte elaborou os elementos essenciais que um espaço público deve possuir para se tornar um lugar de convivência e vida para as pessoas. Enquanto isso, Jan Gehl pede que a arquitetura e o urbanismo sejam orientados para as pessoas, em seguida pelos espaços e, por fim, para os edifícios.

Qualidades para o placemaking

Em 2011, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (Onu-Habitat) realizou uma parceria com a PPS voltada a ajudar no desenvolvimento de cidades para que as pessoas possam viver em segurança social e econômica. A partir da experiência em mais de 3,5 mil comunidades nos Estados Unidos e mais de 50 países, a organização norte-americana identificou quatro qualidades para o sucesso de melhoria de um espaço público: acessibilidade; conforto e boa imagem do espaço; usos e atividades; e sociabilidade do lugar.

Acessos e conexões

A acessibilidade de um lugar pode ser avaliada pelas conexões com os arredores, tanto visuais quanto físicas. Um espaço público de sucesso é fácil de acessar e passar; é visível tanto à distância quanto de perto. As bordas de um espaço também são importantes: por exemplo, uma fileira de lojas ao longo de uma rua é mais interessante e geralmente mais segura para caminhar do que uma parede em branco. Os espaços acessíveis têm alta rotatividade de estacionamento e, idealmente, são convenientes ao transporte público.

Conforto e imagem

O conforto e a boa imagem do espaço são chaves para seu sucesso. O conforto inclui percepções sobre segurança, limpeza e disponibilidade de lugares para sentar. A importância de dar às pessoas a opção de sentar onde querem é geralmente subestimada.

Sociabilidade

Quando as pessoas encontram amigos, cumprimentam seus vizinhos e se sentem confortáveis em interagir com estranhos, tendem a sentir um senso mais forte de lugar ou apego à comunidade e ao local que promove esses tipos de atividades sociais.

Usos e atividades

(Fonte: PPS/Reprodução)

As atividades são as bases de construção de ótimos lugares: são as razões pelas quais as pessoas visitam em primeiro lugar e por que continuam retornando. Elas também são o que tornam um lugar especial ou único. Quando não há nada para fazer em um espaço, ele fica vazio e sem uso.

Fonte: UFSC, Archdaily.

Curtiu o assunto? Clique aqui e saiba mais sobre como a mobilidade pode melhorar os espaços.

Sair da versão mobile