Uma pessoa leva em média 26 minutos para percorrer toda a extensão da Avenida Brigadeiro Faria Lima e 45 minutos para completar a Avenida Celso Garcia, ambas na capital paulista. Passar por essas vias, não raro, gera muito estresse devido aos congestionamentos que culminam em lentidão, sobretudo nos horários de pico.
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Uma pesquisa aponta os corredores de ônibus como fator capaz de amenizar esse impasse. O levantamento é da empresa Scipopulis em parceria com o Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP Brasil) e mostra que a solução pode reduzir a duração das viagens em até 30% nos trajetos em regiões movimentadas. Na Faria Lima, o tempo cairia 13 minutos; na Celso Garcia, 8 minutos.
Corredores de ônibus já existem em áreas de boa fluidez, como a Avenida Rebouças, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo o estudo, a proposta é eficaz porque o motorista, em geral, não precisa se preocupar com carros que fazem conversões à direita ou com o tráfego intenso de ruas transversais, algo bem diferente do que acontece nas chamadas faixas exclusivas, em que o transporte público tem um espaço, mas não um corredor inteiro.
Benefícios para o usuário e para o planeta
De acordo com uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo com dados de 2019, o paulistano gasta em média 1 hora e 47 minutos para ir e voltar do trabalho todos os dias. E a lentidão do trânsito impacta diretamente a qualidade e a agilidade desses deslocamentos.
Em torno de 324 mil pessoas precisam lidar diariamente com o fluxo da Faria Lima, pela qual circulam 28 linhas de ônibus; na Celso Garcia são 35 linhas com 363 mil passageiros diários. A otimização do tempo de viagem por meio dos corredores exclusivos seria, portanto, muito bem-vinda, e não apenas para os usuários do transporte coletivo: o meio ambiente também ganharia.
Segundo a pesquisa do ITDP, reduzindo a lentidão a solução ajudaria na diminuição de emissão de dióxido de carbono (CO2). Só na Avenida Faria Lima, 2,4 toneladas a menos seriam lançadas na atmosfera todos os dias no período da manhã; na Celso Garcia, a queda seria ainda maior: 5 toneladas.
Fonte: Mobilize.
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