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Integração do transporte público é solução para grandes cidades

Ainda em construção, a Linha 9 do metrô de Barcelona terá 47 quilômetros de extensão e 52 estações

O alto número de carros nas cidades tem se tornado um grande problema para a mobilidade urbana, causando preocupação em gestores de todo o mundo. O transporte público é o caminho ideal para melhorar o fluxo do trânsito, então, para serem mais eficientes, as grandes cidades têm apostado em integrar os diversos modais de transporte (trem, ônibus, metrô, VLT etc.) e ajudar as pessoas a se locomoverem de maneira mais rápida, barata e segura.

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No Brasil, desde a chegada das fábricas de automóveis, nos anos 1950, o carro ganhou espaço e virou praticamente um item obrigatório para a população. Junto ao crescimento da população veio o aumento de veículos, congestionando vias e prejudicando a mobilidade urbana. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção no País é de um carro para cada 3,83 pessoas, com média mais alta em algumas capitais brasileiras, como Belo Horizonte (1 carro a cada 1,76 habitante) e Curitiba (um carro a cada dois habitantes).

Na busca de uma solução para o problema, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) começou a cobrar dos municípios com mais de 20 mil habitantes (antes, a obrigação era para cidades com mais de 500 mil) a elaboração do plano de mobilidade urbana, com o intuito de fazer com que cresçam de maneira organizada. O objetivo é que prevaleça o uso de transportes públicos coletivos para tornar o fluxo harmonioso e contribuir para a qualidade de vida da população.

‌‌(Fonte: Shutterstock)

Para ganhar eficiência, acessibilidade, praticidade e segurança, uma das opções encontradas é a integração do transporte público, que faz com que os diversos meios de deslocamento se interliguem e consigam alcançar as pessoas nas mais diversas regiões. Ao conectar ônibus, trens, metrôs e até bicicletas, a população ganha mais opções de locomoção e pode escolher a melhor forma de se deslocar.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, há a integração entre metrô, trem, ônibus, barca (principalmente para acessar Niterói e a Ilha de Paquetá), veículo leve sobre trilhos (VLT), transporte rápido por ônibus (BRT) e vans cadastradas. A integração é de grande ajuda também para os turistas, que conseguem visitar diversos pontos turísticos e bairros famosos com maior facilidade e segurança.

Bilhete Único

Outro ponto importante tem sido a integração tarifária, como ocorre com os bilhetes únicos no Sistema de Bilhetagem Eletrônica, que permite ao passageiro utilizar o mesmo cartão para diversos tipos de transporte, pagando muitas vezes apenas uma passagem que é debitada diretamente do cartão.

(Fonte: Shutterstock)

Algumas cidades têm a modalidade de Serviço de Integração Temporal, na qual o passageiro tem uma janela de tempo para fazer integração. Em Curitiba, por exemplo, há situações em que o tempo permitido para integração é de até 2 horas; em São Paulo, existe integração com até 3 horas, período maior principalmente por levar em conta a extensão da região. Tudo isso tem como principal função facilitar e baratear as viagens, o que é fator primordial para trazer as pessoas para o transporte público coletivo.

Informações na palma da mão

A disponibilidade de informações sobre o transporte público é essencial para o aumento da mobilidade e tem ajudado bastante no processo. Hoje, é possível acompanhar pelo smartphone o horário de saída dos ônibus, as conexões disponíveis, o melhor trajeto, o tempo médio gasto por percurso, entre outras informações. A integração desses dados permite ao passageiro planejar as suas ações e ajuda a não perder tempo fazendo caminhos desnecessários.

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