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O impacto da criação do carro na mobilidade urbana e no meio ambiente

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Se por um lado a popularização dos carros foi a base do desenvolvimento urbano como o conhecemos, por outro gerou impactos irreversíveis ao meio ambiente. Segundo um estudo feito pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), os carros produzem 72,6% dos gases que provocam o efeito estufa.

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O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) explica que a queima de combustíveis como gasolina, álcool e óleo diesel libera gás carbônico (CO2) na superfície terrestre — o que resulta em uma maior absorção de raios solares pela Terra e, consequentemente, causa um acréscimo nas temperaturas médias. A emissão excessiva desses gases, portanto, é fator importante para o avanço do que chamamos de aquecimento global.

Em uma proposta de mundo mais sustentável, a França inaugurou em 1997 o primeiro Dia Mundial Sem Carro. No dia 22 de setembro, o país europeu decidiu estabelecer uma data em que os habitantes são aconselhados a deixar seus veículos em casa a fim de conscientizá-los sobre os riscos causados pelo uso excessivo dos automóveis. A ideia do Dia Mundial Sem Carro se difundiu para outras cidades do planeta e alcançou grupos ambientalistas no Brasil em 2001.

Por conta dos efeitos nocivos da queima de combustíveis, novas tecnologias vêm aparecendo com o objetivo de reduzir os impactos dos automóveis no ecossistema e otimizar os sistemas de mobilidade urbana, como carros elétricos e projetos de transporte público mais sustentáveis.

A história dos carros na mobilidade urbana

(Fonte: Pixabay)

Em 1850, os engenheiros alemães Karl Benz e Gottlieb Daimler criaram duas fábricas montadoras de automóveis movidos a gasolina que foram responsáveis por dar o pontapé nos projetos dos carros modernos. Anos depois, os dois concorrentes se uniram para originar a Daimler-Benz, cujos carros são produzidos até hoje com a marca Mercedes-Benz. Em 1866, a criação do Benz Patent-Motorwagen, primeiro carro a funcionar através de um motor a combustão, serviu de ponto de partida para mudanças drásticas não só no automobilismo, mas também nas estruturas de mobilidade de quase todas as cidades do mundo. O veículo operava com 0,75 cavalo de potência e conseguia atingir até 16 km/h, o que foi um grande salto para a época.

Anos mais tarde, o americano Henry Ford foi responsável por criar o sistema conhecido como Fordismo e possibilitar a produção em massa dos automóveis. Essa nova linha de montagem facilitou o trabalho de montadoras no mundo todo por meio da padronização dos métodos de produção e permitiu a produção acelerada de veículos em alta escala. A revolução introduzida pela Ford Motors possibilitou que os carros fossem barateados e vistos com maior frequência nas ruas.

(Fonte: Pixabay)

O primeiro automóvel a transitar pelas ruas brasileiras chegou ao país em 1891. O veículo, que parecia mais uma charrete do que os carros atuais, desembarcou no porto de Santos por intermédio da família Santos Dumont. O modelo era da montadora francesa Peugeot com um motor de 3,5 cavalos dos alemães da Daimler.

Em 2008, a Organização Mundial da Indústria Automobilística (OICA) apontou que existem mais de 1 bilhão de automóveis circulando pelas ruas no mundo todo. A expressiva quantidade indica a consolidação dos carros como um dos principais meios de mobilidade urbana e fator transformador da maneira como as sociedades enxergam o transporte urbano.

Fontes: Estadão, Detran, ONU, Eurostat, The Guardian

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