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Smart Crossing: faixa de pedestres inteligente pretende diminuir acidentes

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Os grandes centros urbanos estão crescendo cada vez mais rapidamente, com um aumento significativo da densidade de pessoas, o que afeta todos os aspectos da vida nas cidades, da saúde ao trânsito.

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Por conta disso, empresas e governos enfrentam desafios com a mobilidade, considerando que a tecnologia pode ser a aliada para tornar essas mudanças menos assustadoras e mais seguras para a população.

Uma dessas iniciativas tecnológicas para melhorar a qualidade de vida nas metrópoles é uma faixa de pedestres inteligente e responsiva que pretende diminuir o número de acidentes nos cruzamentos e melhorar a dinâmica entre motoristas, ciclistas e pedestres.

Chamado Smart Crossing, o protótipo foi desenvolvido pela companhia de seguros Direct Line em parceria com a empresa de tecnologia Umbrellium. Criada a pedido da seguradora britânica, a novidade foi apresentada em Londres em 2017. Mais do que uma simples faixa de pedestres, a tecnologia consiste em uma superfície com 22 metros de comprimento equipada com um conjunto de câmeras de alta definição e luzes LED que marcam o cruzamento.

​(Fonte: The Sun/Reprodução)

Os sensores e as câmeras funcionam de forma responsiva e conseguem antecipar o movimento dos pedestres, alertando-os com uma série de luzes verdes quando é seguro fazer a travessia. Os motoristas também são avisados de que há pessoas no cruzamento.

Os ciclistas são contemplados por essa tecnologia com a indicação de quando há um veículo grande estacionado na vida, impedindo-os de ver os pedestres se aproximando para usar a faixa. Se o fluxo de pessoas caminhando for muito grande, as faixas se tornam mais largas para dar espaço a todos que estão atravessando a rua.

“Criamos uma via que é capaz de detectar e responder aos pedestres. Desta fazem parte duas câmaras capazes de gravar centenas de variáveis, ao mesmo tempo que vão monitorando toda uma área de passagem de 22 metros. Assim que detectam pedestres ou outros utilizadores atravessando, enviam essa informação para o sistema computacional em menos de 1 centésimo de segundo”, explicou o cofundador da Umbrellium, Usman Haque, em entrevista ao portal britânico Auto Express.

Mobilidade do futuro

A Smart Crossing utiliza um plástico de alto impacto com mais de 660 luzes de LED programadas para mudar de cor ou criar padrões de alerta. Na apresentação do protótipo foram exibidas diversas situações em que o sistema muda a cor e os padrões da via conforme a situação.

O espaço fica totalmente vermelho na zona de passagem quando há pedestres atravessando em sentidos contrários, por exemplo, ou quando alguém passa de repente, como uma criança que cai ou um animal que cruza a via. É possível, inclusive, “desenhar” uma faixa de pedestres para os transeuntes ao mesmo tempo em que cria um sinal de “Pare” para veículos e bicicletas que estejam próximos de atravessar o cruzamento.

O projeto demorou cerca de nove meses para ficar pronto; segundo Haque, “o sistema Smart Crossing consegue responder, de forma dinâmica e em tempo real, utilizando uma tecnologia que foi concebida com base nas cores que todos conhecemos e compreendemos, além de utilizando desenhos que ajudam, quem atravessa, a se sentir mais confortável, confiante e seguro”.

​(Fonte: Irish Examiner/Reprodução)

A novidade também se adapta a um problema muito comum na atualidade: pedestres distraídos que olham para a tela do celular enquanto andam pelas ruas. O sistema usa cores brilhantes com o objetivo de chamar atenção dessas pessoas, incentivando-as a se concentrarem na rua à frente. “A faixa foi desenvolvida para as cidades do século 21”, disse Haque. “Goste ou não, as pessoas estão cruzando as ruas com os olhos grudados no smartphone, e isso já é um grande problema a ser resolvido pelas cidades de hoje”.

O protótipo Smart Crossing foi exibido em um teste em Mitcham, Londres, uma cidade com cerca de 20 incidentes de trânsito por dia em cruzamentos rodoviários. No Reino Unido, são 7 mil acidentes de trânsito todos os anos.

A expectativa é que tecnologias como essa consigam diminuir esse número e tornar o trânsito dos grandes centros urbanos mais seguro, independentemente de se estar andando, dirigindo ou pedalando.

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Fonte: Auto Express, Voit, Think Move Make, Observador.

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