Com o crescimento das cidades, a mobilidade passou a ter uma centralidade cada vez maior. O deslocamento para o trabalho, a faculdade e outras demandas cotidianas tornam a vida de quem vive em grandes centros uma corrida contra o tempo.
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Além disso, mais do que um problema pessoal, o custo e o impacto ambiental das diferentes formas de se locomover tornam a escolha de como transitar nas cidades uma questão coletiva: há necessidade de encontrar alternativas rápidas, baratas e sustentáveis para o transporte cotidiano.
Diante desse cenário, a bicicleta tem sido apontada como uma resposta simples e funcional. Veja algumas razões pelas quais pedalar pode ser uma ótima opção para seu estilo de vida e auxiliar em várias dificuldades ao mesmo tempo.
Economia de tempo
Um dos principais motivos para muitas pessoas que fazem da bicicleta a principal forma de transitar na cidade é a economia de tempo. Se tráfego lento e congestionamento fazem parte da rotina de muitos motoristas, os ciclistas desviam disso com facilidade. Segundo o relatório Impacto Social do Uso da Bicicleta em São Paulo, realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), um a cada dois trajetos de ônibus seriam mais rápidos se pedalados; de carro, essa proporção é de um a cada quatro.
E não é só o ciclista quem sai ganhando: para cada bicicleta na rua, há vários carros a menos. Na Letônia, uma experiência interessante foi feita para ilustrar esse benefício e algumas bicicletas foram equipadas com uma estrutura que simulava o tamanho de um carro. O resultado inusitado foi capaz de mostrar o espaço economizado e, é claro, o tempo que se deixa de gastar em congestionamentos desnecessários.
Economia de dinheiro
Outro bom motivo para pedalar é a economia de dinheiro. Segundo o estudo da Cebrap, um trajeto feito de bicicleta em vez de carro economiza R$ 451. É importante levar em conta o baixo custo de uma bicicleta; os preços são variáveis, mas os entusiastas garantem que se trata de um investimento.
Mesmo em relação ao transporte coletivo, é possível perceber a economia: em São Paulo (SP), uma passagem de ônibus custa atualmente R$ 4,30. Se uma pessoa pegar dois ônibus por dia, considerando apenas os dias úteis de um ano, o valor extrapola R$ 2 mil.
Além disso, há economias indiretas. O relatório prevê que os custos patronais seriam menores se os trabalhadores se locomovessem de bicicleta, assim como diminuíriam os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) em virtude de redução de gastos com adoecimentos.
Manutenção da saúde
Outra ótima razão para viver sobre duas rodas é a possibilidade de conciliar exercício físico com o período gasto em deslocamento. Pedalar é uma atividade muito indicada para evitar doenças cardiovasculares, comuns no estilo de vida sedentário da maior parte das pessoas.
A saúde mental também é beneficiada pela pedalada. Segundo uma pesquisa feita pelo instituto Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo, um paulistano médio gasta duas horas e 46 minutos para se deslocar diariamente, o que torna a rotina estressante.
Versatilidade
Além de diversas marcas, existem diferentes tipos de bicicleta que se adaptam a perfis e trajetos: estrada, mountain bike, híbrida, dobrável, fixa, entre outras. É possível optar ainda pelas versões elétricas, que auxiliam na pedalada e são úteis em trajetos mais longos ou muito íngremes.
Economia compartilhada
Outro benefício de pedalar é que, mesmo sem ter uma bike própria, é possível locar uma pelo caminho. Assim, é possível transitar rapidamente apenas nos trajetos em que essa opção for mais conveniente. Há hoje diversas empresas que oferecem serviço com bicicletas espalhadas pelas cidades.
Maior conhecimento das cidades
A bicicleta permite que as pessoas conheçam melhor a cidade. Ao contrário do transporte coletivo, é o usuário quem opta pela melhor rota, e, diferentemente do carro, a bike permite parar com facilidade em qualquer local.
Espírito de comunidade
Pedalar tem ainda um último benefício, talvez o melhor deles: o senso de comunidade. Os clubes de pedal, por exemplo, são iniciativas que aproximam pessoas e criam vínculos entre a população e a cidade.
Fontes: eCycle, Estadão, Google Maps
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