Abraçar as florestas pode ser o caminho para trazer bem-estar aos cidadãos e diminuir impactos ambientais, como a falta de água potável e a poluição do ar.
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Por isso, é papel das cidades zelar pelas árvores, criando ferramentas que tornem possível a sobrevivência das áreas verdes nos grandes centros das cidades. O influência do verde no dia a dia das pessoas que vivem na área urbana é maior do que se pode perceber em apenas uma primeira observação.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), muito do trabalho exercido pelas florestas gera grandes impactos positivos nos meios urbanos, embora, muitas vezes, isso não seja notado pela população.
De acordo com a entidade, as florestas garantem a muitos indivíduos que não passem fome, sendo uma espécie de “supermercado de frutas”. Nesse sentido, serve também como fonte de energia (a madeira é responsável por 40% da energia renovável do planeta), além de absorver dióxido de carbono (CO2) e, com isso, reduzir os efeitos das mudanças climáticas).
Projetos sustentáveis
Pensando em todo esse cenário, iniciativas como a Cities4Forests têm guiado os municípios na promoção de conscientização da população em relação à importância das árvores nas regiões urbanas e da restauração de florestas. No Brasil, as cidades de Belo Horizonte, Campinas, Macapá, Palmas, Porto Velho, Rio branco, Salvador, São Luís e São Paulo já assinaram a declaração do Cities4Forests.
O projeto Cities4Forests identifica três níveis florestais e pontua tanto a importância como a influência de cada uma. São elas as florestas internas, próximas e distantes.
As florestas internas, como o próprio nome sugere, ficam dentro do perímetro urbano. Nesse nível, ficam as áreas verdes de parques e praças. As principais funcionalidades desse tipo de floresta são a maior oferta de lazer, a ajuda em manter o ar limpo, a preservação da fauna e da flora urbanas e o aumento das áreas com sombra.
Já as florestas próximas são aquelas que ficam nos arredores das cidades, contribuindo diretamente para a diminuição da ocorrência de inundações, principalmente porque drenam a água e evitam erosões, além de que melhoram a qualidade do ar da cidade.
As florestas distantes são responsáveis por ajudar no combate às mudanças climáticas, já que armazenam carbono. São importantes também pela grande quantidade de madeira disponível, pelo potencial medicinal – devido a sua grande variedade de plantas – e pela riqueza de biodiversidade encontrada nelas.
Comprometimento das cidades
Diversas cidades brasileiras têm-se empenhado em transformar a relação das áreas urbanas com as verdes. Belo Horizonte, por exemplo, tem o projeto Montes Verdes, cujo intuito é recuperar áreas verdes deterioradas fazendo o uso de mapeamento dos locais afetados para, em seguida, criar ações públicas efetivas de promoção à preservação.
Na região Norte, Macapá lançou, em 2018, o programa Macapá Mais Viva, visando aumentar regiões verdes na cidade e conscientizar a população da importância de se preservar tais locais. Segundo a Prefeitura, a meta é atingir, até 2020, o número de 6 mil mudas de árvores nativas plantadas, sendo o projeto parte do Plano Municipal de Arborização Urbana, coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam).
As cidades com um número deficiente de florestas internas, como é o caso de Porto Velho, em Rondônia, precisam fazer um esforço maior para tornar os ambientes urbanos mais arborizados. Por essa razão, a Prefeitura da cidade deu início ao Programa Cidade Mais Verde, que usa tecnologia para aumentar o número de árvores nos bairros. Nesse sentido, as pessoas locais estão sendo incentivadas a pedir mudas de plantas, via WhatsApp, à Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), tendo como objetivo deixar as imediações do seu bairro mais verdes.
Fonte: Prefeitura de Macapá, Prefeitura de Porto Velho, FAO, WRI BRASIL.
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