Você pode não entender porque cada região da cidade tem um limite de velocidade diferente. Apesar dessas definições gerarem controvérsias, elas encontram na ciência sua base para existirem e funcionarem. Saiba como esse processo acontece.
Como se decide o limite de velocidade?
As distâncias são o principal parâmetro para definir a velocidade ideal, considerando tanto a frenagem (medida necessária para um veículo parar após ver um objeto) quanto a visibilidade (caminho percorrido para que o motorista enxergue obstáculos).
Por isso, em estradas que ligam cidades ou estados, os limites costumam ser maiores. Afinal, o motorista tem que lidar com menos obstruções do que em ruas que ficam no meio da cidade. Mesmo em rodovias, existem trechos onde o limite é reduzido, no caso de zonas escolares, locais em que há alto registro de acidentes ou de tráfego elevado.
Com base nessas duas medidas, é definida a velocidade ideal de um determinado espaço, chamada velocidade motriz. Para garantir que seja cumprida e entendendo que alguns motoristas podem desrespeitá-la mesmo sem perceber, se estabelece o máximo permitido um pouco abaixo do que foi definido.
Regras de sinalização
As placas de velocidade sempre aparecem em números múltiplos de 10 (40 km/h, 50 km/h, 60 km/h e assim por diante), sendo essa determinação elaborada segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além disso, a regra é de que a velocidade máxima estabelecida em uma placa é válida até a próxima ser visualizada.
As multas, por sua vez, têm papel importante na conscientização dos motoristas, mesmo quando estão poucos quilômetros acima do permitido. A ideia é que, com o tempo, se desenvolva o bom senso e respeito às regras com a presença de fiscais ou radares eletrônicos.
Mesmo em ambientes onde não há normas preestabelecidas, motoristas podem se regular pelo ambiente e pelos elementos presentes nele, o que é chamado de velocidade operacional. Em estacionamentos de shoppings, por exemplo, as colunas, os pedestres, os carros, as sinalizações fazem com que o ritmo seja naturalmente reduzido.
Quem é o responsável?
O profissional encarregado é o engenheiro de tráfego, responsável por detectar pontos de melhoria nas pistas. Em seguida, aplica testes práticos. Características da região estudada não ficam de fora: clima, geografia, tráfego de veículos, pedestres e outros componentes da dinâmica local.
No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) tem os limites de cada tipo de via estabelecido. Para rodovias, 110 km/h, 60 km/h em estradas, 80 km/h em vias rápidas e 20 km/h em vias locais.
Autoridades locais também têm papel determinante nisso, pois podem decidir aumentar ou diminuir os limites nas cidades, dentro do padrão seguro estabelecido.
Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (Contran).