Quem vive em grandes metrópoles já está acostumado com os famosos horários de pico — momentos do dia em que transitar de carro se torna praticamente impossível. Se não bastasse essa batalha diária para ir e vir, os carros também são extremamente nocivos ao meio ambiente.
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De acordo com o Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo, os automóveis são responsáveis pela emissão de aproximadamente 73% dos gases poluentes no País. Se de alguma forma podemos reverter ou pelo menos desacelerar esse cenário, a micromobilidade tem se mostrado uma boa solução.
Apesar de sua primeira menção pública ter ocorrido em 2017, durante o Tech Festival, em Copenhagen, o conceito ainda é relativamente novo. Mas você sabe o que é? A micromobilidade pode ser definida basicamente como o transporte individual por meio de veículos alternativos como monociclos, bicicletas e patinetes elétricas.
Devido à grande expansão que ocorreu em 2019, a Política Nacional de Mobilidade Urbana já previu a necessidade de planejamento de infraestrutura urbana para o uso dessa nova classe de transporte. Segundo a Bird, que presta serviço de aluguel de patinetes nos Estados Unidos, até o fim de 2018 cerca de 2 milhões de usuários já tinham utilizado as opções compartilháveis em cidades norte-americanas e europeias.
Porém, ainda existem diversos desafios e ajustes que devem ser realizados no trânsito para que a mudança seja possível, todos ligados a esse novo modelo de transporte.
Nos últimos anos, o assunto tem sido debatido por diversos especialistas. Em maio de 2019 foi realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, o 1º Summit Grow de Segurança e Convivência na Micromobilidade. O evento foi promovido por empresas de bicicletas e patinetes elétricas e aproveitou a presença de grandes nomes nacionais e internacionais do setor para debater o futuro do transporte e seus impactos no cotidiano.
Segundo dados apresentados na ocasião, 47% dos usuários de bicicletas e patinetes utilizam a micromobilidade para se deslocar até o trabalho e 40% estendem o uso para situações de lazer. Esses fatos indicam que cada vez são maiores a necessidade e a preocupação em ampliar as medidas de segurança relacionadas.
Além disso, é essencial que os governos invistam para construir ruas com asfalto de qualidade e condições de circulação adequadas para impulsionar o uso dos transportes compartilhados. São ações que, consequentemente, podem desafogar o trânsito das grandes cidades, reduzindo o uso de veículos poluentes.
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Fontes: Mobilidade Sampa, BBC, Grow.