Especialistas alertam que a fabricação de carros elétricos pode causar efeitos negativos ao meio ambiente. Cobalto, cobre e neodímio são alguns dos materiais necessários para a produção das baterias de íon lítio, importantes para o funcionamento desse tipo de carro. A extração desses materiais contamina solos, água e causa desmatamento.
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Além disso, a produção das baterias lança no meio ambiente quantidades significativas de monóxido de carbono, substância que colabora com o aumento do efeito estufa no planeta. O Instituto Fraunhofer de Física de Construção (Ifec) informa que cada quilowatt/hora de capacidade elétrica desse componente corresponde à emissão de 125 quilos de CO2 na atmosfera.
A maioria das baterias quando obsoletas são exportadas para a Ásia, onde países como China e Coreia do Sul realizam sua reciclagem. Porém, o processo requer um alto consumo de energia e também gera gases poluentes.
Mercado crescente
A preferência por veículos elétricos por consumidores do mundo inteiro continua aumentando: desde 2012, esse mercado cresce em torno de 57,7% ao ano. Em 2017, foram vendidos aproximadamente 1,15 milhão de veículos em todo o mundo. Já o mercado dos modelos à combustão apresenta um crescimento de 3,1%.
Alguns países como a Alemanha já cogitam a proibição da venda de veículos movidos a gasolina ou diesel. Outras nações como o Reino Unido e a França definiram essa mesma meta para 2040.
A redução no lançamento de gases poluentes na atmosfera, uma maior economia — quando há uma comparação em relação a veículos de combustão — e redução de tributação na compra são os principais benefícios ao adquiri-los.
Os veículos elétricos são a aposta de diversos países, principalmente como estratégia para a diminuição dos gases poluentes que contribuem para o efeito estufa e como alternativa de consumo de energia renovável, diferente dos modelos à combustão, que utilizam fontes finitas de energia como o petróleo.
O cenário brasileiro em relação ao veículo elétrico
Em 2018, o Governo Federal lançou o programa Rota 2030, que promete incentivos fiscais para quem fabrica e compra modelos movidos a eletricidade. Consumidores passaram a pagar entre 7% e 20% de impostos na compra. O antigo percentual era de 25%.
A promessa é maior economia por parte do seu gasto energético e na substituição das peças em casos de manutenção. No entanto, o custo para a aquisição ainda é maior que o de um carro a combustão.
O veículo elétrico mais vendido no Brasil é o Toyota Prius, que custa em torno de R$ 128.530 — o dobro do valor dos modelos a combustão mais comprados no país.
Também deve-se levar em consideração a diferença no custo de energia em cada região no território nacional. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabelece custos diferentes para as regiões do país, utilizando diferentes bandeiras. Além disso, é necessário considerar outras cobranças, como taxas locais, impostos e contribuições estaduais e federais.