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Qual é o preço do acesso digital à mobilidade urbana?

O Summit Mobilidade Urbana realizou uma live sobre o futuro da locomoção metropolitana. A conferência online foi mediada pela jornalista Mariana Barros e pelo repórter José Antonio Leme, que receberam os convidados Ciro Biderman, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Pedro Palhares, gerente-geral do Moovit no Brasil. A iniciativa integra a pré-programação do evento, que será realizado nesta quarta-feira (12) e vai contar com a participação de grandes nomes do segmento.

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O encontro mencionou a recente aquisição do Moovit pela Intel em maio deste ano. O app de navegação e transporte público será um serviço ao consumidor para a frota de táxis autônomos da multinacional americana. A tecnologia é desenvolvida desde 2017 e tem previsão de chegada em 2022 a seis países: Estados Unidos, França, Israel, Alemanha, Japão e Coreia do Sul.

Enquanto os robotaxis não têm uma operadora confirmada, a intenção da Intel é criar uma plataforma que reúna todas as opções públicas de mobilidade urbana disponíveis, com alternativas que variam de scooters a metrôs e barcas.

Serviço de robotaxis terá autonomia de nível 4, sem necessidade de intervenção humana. (Fonte: Pexels)

Biderman discorreu sobre o equacionamento das tarifas nos diferentes modais no transporte público e privado e fez um paralelo entre os meios tradicionais e os novos modos de mobilidade na cidade: como a diversidade influencia o setor econômico e as novas empresas do ramo? A pauta precedeu outro tópico: o investimento da Intel e de outras empresas fora do ramo em softwares direcionados à mobilidade urbana frente aos desafios enfrentados durante a pandemia.

Em meio à crise, novas formas de transporte são desenvolvidas, com modalidades cada vez mais integradas aos sistemas de celulares inteligentes, como veículos coletivos sob demanda. Nessa perspectiva, a nova categoria funcionaria de maneira mais eficiente quanto ao tempo de circulação nas ruas: ônibus fretados, por exemplo, podem redefinir as rotas de acordo com a necessidade dos usuários, dispensando circular em vias nas quais não terão uso. Isso se dará pela solicitação de parada, o que substitui os pontos tradicionais.

Inclusão digital em foco

Segundo Biderman, a acessibilidade digital é uma prioridade. Pessoas que ainda não colocaram a tecnologia em suas rotinas também poderão usufruir dos veículos coletivos com funcionalidades definidas para cada tipo de transporte — com ênfase na flexibilização de rotas e paradas.

Nesse sentido, Palhares ressalta a importância da previsibilidade e como o transporte público perde diariamente usuários para os veículos de aplicativo, que, por sua vez, oferecem menos recursos de planejamento, permitem o conhecimento prévio do tempo de deslocamento, a estimativa de trajeto e a hora da chegada. Esses fatores contribuem com a segurança ao possibilitar que o consumidor evite pontos vazios de parada, por exemplo.

O tópico abre o tema da flexibilização dos transportes modernos e como eles podem auxiliar na versatilidade dos veículos, criando automóveis mais eficientes e que atendam a cenários urbanos mais diversificados. Nessa perspectiva, a abordagem da nova categoria digital implica o aumento da necessidade da digitalização — por conseguinte, de uma rede de conexão mais robusta — e, com isso, novos desafios.

Usuários estão preferindo soluções privadas. (Fonte: Pexels)

Durante o bate-papo, Biderman e Palhares desmistificaram a dependência de novas tecnologias de conexão para o funcionamento pleno dos novos modais. Ao apontarem a importância das inovações para a mobilidade urbana, ressaltaram também que o maior volume de processamento de dados ocorre na nuvem, portanto o usuário apenas depende de uma ligação estável comum, como o tradicional 3G, para solicitar o veículo e apontar a trajetória, por exemplo.

Ao fim, conclui-se que os novos modais digitais modificaram o cenário urbano e têm cada vez mais importância para a mobilidade no País.

Fonte: Momento Mobilidade/Summit Mobilidade

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