A discussão sobre a implementação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas tem crescido em algumas cidades brasileiras, mas é importante entender o que cada termo significa para adequar as soluções às necessidades dos municípios.
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Grandes centros urbanos, como São Paulo (SP) e Florianópolis (SC), atuam como bons exemplos quando o assunto é inovação nos formatos de mobilidade urbana para ciclistas.
Aprenda a diferenciar
Muitos cidadãos não estão cientes dos tipos de estruturas projetadas para a utilização de bicicletas nas cidades nem compreendem quais são suas diferenças. Embora as características sejam muito parecidas, é de extrema importância que as pessoas saibam identificar cada uma delas, para que assim entendam como devem ser utilizadas.
Ciclovias
De acordo com a organização Vá de Bike, as ciclovias são um espaço com separação física entre os ciclistas e outros tipos de veículos. Um bom exemplo desse modelo, que é o mais comuns de se encontrar, são os calçadões de vias expressas e avenidas das praias do País. Normalmente, as divisões utilizadas são meio-fio, muretas e blocos de concreto que protegem o ciclista do tráfego intenso.
Ciclorrotas
Caracterizada por uma sinalização, é utilizada para que os ciclistas possam identificar quais são as melhores e mais seguras ruas para pedalar. Essa via exige o apoio dos motoristas, que devem diminuir a velocidade e manter uma distância segura de pelo menos 1,5 metro para que ambos possam coexistir.
Com a sinalização existente, todos os tipos de veículos devem compreender que é preciso dar preferência aos ciclistas, direito que está presente no Código de Trânsito para Todas as Vias.
Ciclofaixas
As ciclofaixas são apenas pintadas em uma via já existente, sem divisões. Esse modelo é encontrado, normalmente, onde o trânsito tem menor intensidade. E o valor para criar esse formato é muito menor quando comparado com os outros.
Vantagens de usar bicicleta
O uso de bikes em áreas urbanas tem sido uma alternativa muito popular entre quem quer economizar dinheiro e tempo. Além de não ter que gastar com gasolina, não é preciso perder mais tempo que o necessário para se chegar aonde deseja.
Com maior investimento em espaços específicos para bicicletas, as cidades incentivam a adoção desse meio de locomoção, o que desafoga o trânsito, diminui os índices de poluição e estimula que a população faça exercícios, o que tende a diminuir os gastos com saúde pública. Um estudo divulgado na revista norte-americana Environmental Health Perspectives revelou que, para cada dólar que os municípios investem em ciclovias, US$ 24 são economizados por conta da redução de gastos com saúde, tráfego e poluição.
Avanço da mobilidade urbana nas grandes cidades
O programa +Pedal, criado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), com união do programa +Pedestres, tem atingido algumas metas em relação às implementações dessas vias na cidade. Trechos viários, cruzamentos e esquinas vêm sendo adaptados como forma de incentivo aos cidadãos, para que façam mais uso de suas bicicletas como meio de transporte.
Na maior capital do País, em abril de 2017, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo deu início às melhorias em relação às ciclovias da região com a ideia de transformar as antigas vias em ciclorrotas. Atualmente, segundo a prefeitura de São Paulo, são 53 quilômetros de ciclorrotas na capital: Brooklin (15 km), Butantã (0,5 km), Moema (6,5 km), Mooca (8 km) e Vila Mariana (10 km), entre outros.
Fontes: Prefeitura de São Paulo, Vá de Bike, Prefeitura Municipal de Florianópolis
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