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Bogotá tem pior trânsito da América Latina; Brasil está no top 10

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O crescimento da população e a falta de investimento em mobilidade urbana colocaram Bogotá em 1º lugar do ranking das cidades com pior congestionamento

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A capital da Colômbia, Bogotá, ficou em terceiro lugar no ranking mundial e em primeiro lugar na América Latina como a cidade com o pior congestionamento, de acordo com o estudo Global Traffic Scorecard, realizado em 2018 pela empresa de análise de transportes INRIX.

De acordo com a pesquisa, os motoristas de Bogotá passam 11 dias e 272 horas do ano dentro de seus carros, em virtude do trânsito caótico da cidade.

Foram analisadas as tendências de congestionamento, mobilidade urbana, atividade e densidade de mais de 200 cidades, em 38 países, com dados coletados durante dois anos seguidos e que forneceram uma comparação de trânsito e congestionamento. As classificações foram baseadas no número total de horas perdidas no tráfego durante os horários de pico em comparação com os períodos de fluxo livre, bem como na velocidade média e no tempo necessário para ir de carro na hora do rush até o centro comercial das cidades analisadas.

(Fonte: Freepik)

O relatório indica que “o congestionamento é um fenômeno global indiscriminado que é dramaticamente impactado pela população, economia, infraestrutura e proliferação de serviços de compartilhamento de veículos e entrega. Ele também impõe custos maciços tanto na econômica quanto socialmente”.

Falta de infraestrutura

Os motivos que deram à capital colombiana o título de pior tráfego da América Latina são as altas taxas de urbanização, o crescimento dos níveis de assentamentos informais, a topografia da cidade e a falta de investimentos financeiros. Bogotá cresceu rapidamente e sem planejamento urbano e de transporte público, além de ser o local com o maior número de habitantes por quilômetro quadrado da América Latina.

Uma das esperanças para desafogar o trânsito da cidade é o transporte público rápido TransMilenio, que foi desenvolvido com inspiração nos ônibus públicos da capital paranaense, Curitiba. No entanto, especialistas têm opiniões divergentes em relação a essa solução, e aqueles que condenam a alternativa afirmam que a falta de investimento em infraestrutura faz com que o recurso seja ineficiente.

O diretor do centro de estudos da Fundación Despacio, Darío Hidalgo, disse estar surpreso com o fato de Bogotá estar na frente da Cidade do México e de São Paulo no ranking.

Ele acredita que a liderança da cidade se deve ao fato de a pesquisa ter focado a análise da quantidade de motoristas, já que, de acordo com ele, apenas 13% dos habitantes de Bogotá utilizam carro no dia a dia. Mesmo discordando do estudo, o especialista reconhece que existem problemas de mobilidade e afirma que “Bogotá foi líder em mobilidade sustentável no início da década passada, mas ficou um pouco letárgica”.

A Cidade do México ficou em segundo lugar na América Latina, onde os motoristas passam 218 horas do ano nos congestionamentos; São Paulo ficou em quinto lugar.

Quais cidades brasileiras estão atrás de Bogotá?

(Fonte: Freepik)

De acordo com o estudo da INRIX, São Paulo e Rio de Janeiro são os municípios brasileiros que mais têm problemas com o trânsito. A capital paulista está no quinto lugar no ranking mundial, com o gasto de 154 horas ao ano no trânsito; já o Rio de Janeiro figura em sétimo lugar, com perda de 199 horas por ano.

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