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Conheça o táxi aquático de bambu movido a energia solar

A sustentabilidade foi o que impulsionou a criação do Hari Pontoon, o primeiro táxi aquático de bambu do mundo. A aposta nele como matéria-prima é vista com entusiasmo por diversos pesquisadores.

A embarcação foi criada em Londres, pelo estúdio de design Duffy London. No site da empresa, o uso do bambu para a construção do projeto é justificado por ter um crescimento rápido, ser naturalmente flutuante, amplamente acessível e barato. 

Para a Duffy London, os baixos custos de manutenção e operacionais oferecem aos clientes uma potencial alternativa limpa e viável. (Duffy London/Reprodução)

Movido a energia solar, o Hari Pontoon tem um único motor que produz uma força de 60 cavalos, uma velocidade que varia entre 8 e 10 nós — cerca de 18 quilômetros por hora. A capacidade dele é de até 15 passageiros por vez, além de dois tripulantes a bordo. 

Táxi aquático foi pensado para comunidades insulares

Como na Indonésia, a maioria dos barcos utilizados no mundo fazem o uso de combustíveis fósseis que trazem impactos negativos para o meio ambiente, vida marinha e população. (Duffy London/Reprodução)

O projeto do táxi aquático foi pensado a partir de uma parceria entre a Duffy London e o Living Waters, um hotel planejado para a cidade de Nusa Penida, na Indonésia, que combina o uso de materiais de construção tradicionais de origem local com técnicas modernas e tecnologia solar. 

A motivação surgiu pelo fato da Indonésia ser o país mais insular do mundo (tendo mais de 16 mil ilhas) e ter grande parte dos barcos que conectam suas comunidades locais movidos a combustível fóssil — o que contribui para a liberação de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e o envenenamento dos cursos de água.

Apesar de ter sido lançado no Rio Tâmisa de forma simbólica, a intenção é de que o Hari Pontoon seja utilizado na cidade em breve. Aliás, o táxi aquático pode funcionar em qualquer lugar do mundo com quantidade suficiente de luz solar e, segundo a Duffy London, o veículo fornece uma visão clara de seu uso no futuro em viagens entre ambientes rurais e urbanos.

Bambu como matéria-prima do futuro

O cultivo de bambu não necessita do uso de agentes nocivos para o solo, como pesticidas ou herbicidas. Seu uso em papéis, móveis, materiais de construção, artesanato e outros o apresenta como uma ótima opção versátil. (Unsplash/Reprodução)

Assim como a Duffy London, diversas empresas ao redor do mundo têm percebido as vantagens de utilizar o bambu como matéria-prima de seus produtos. Com um rápido crescimento em diferentes tipos de solo, ele apresenta uma grande resistência e flexibilidade, sendo uma alternativa sustentável à madeira. 

Além disso, o bambu contribui para a redução do efeito estufa, visto que absorve cerca de 32% do CO2 e libera 35% a mais de oxigênio na atmosfera do que outras árvores da região.

Fonte: Ciclo Vivo, Green Savers, Duffy London.

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