A aplicação do pedágio urbano é conceituada a partir do gerenciamento da mobilidade ou da gestão da demanda; logicamente, é o estabelecimento de um preço para o uso de um bem reduzido.
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Com o aumento do custo financeiro, é gerada uma redução da demanda, e a ideia é taxar o motorista não somente pelo uso da via mas também pelo prejuízo que ele causa ao tirar o carro da garagem.
Trata-se de uma forma relativamente eficiente de combater os congestionamentos: desestimular o uso do carro e garantir arrecadação para o governo, além de benefícios para o meio ambiente.
A medida faz sentido em termos econômicos, afinal o espaço na via congestionada é um recurso escasso: se um carro o utiliza, outro não pode fazê-lo. O pedágio urbano elimina os níveis de congestionamento que ocasionam perda de tempo, aumento de acidentes e de emissão de poluentes. Assim, a implantação da medida resulta em uma melhoria na fluidez do tráfego.
Exemplos no mundo
Algumas grandes cidades, como Londres, Cingapura e Estocolmo, já implantaram a medida. Recentemente, Nova York aprovou a proposta de cobrar motoristas que decidam circular na área de Manhattan; a conta é registrada por meio de radares eletrônicos, podendo ser paga no mesmo dia (como a tarifa Zona Azul) ou no fim do mês (como os sistemas Sem Parar, Veloe e ConectCar).
Em Cingapura, a medida foi implantada em 1995, com a cobrança pelo uso de vias expressas e principais no acesso ao centro da cidade, direcionada a motoristas que utilizam a infraestrutura nos horários de pico.
Todos os veículos têm um leitor Smart-Card do qual são debitados os valores pelos portais eletrônicos com base no veículo, local, horário e dia da semana. Os reflexos foram positivos para a diminuição dos congestionamentos e benéficos para a população.
O pedágio foi implantado em Estocolmo em 2006 depois de testes. Por meio de um referendo, os moradores afirmaram serem a favor da cobrança, tornando-a permanente em 2007.
Atualmente, para dirigir no centro da cidade, o motorista precisa ter uma etiqueta especial no carro e fazer o pagamento de uma taxa equivalente a R$ 4 para entrar em ruas com restrições. A lentidão no horário de pico caiu, melhorando a qualidade de vida local.
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Fonte: Money Times.