A bicicleta tem ganhado relevância na mobilidade urbana, principalmente após a pandemia. A integração entre a bike e o sistema de transporte público, como metrô, trens e ônibus, é uma alternativa para reduzir o uso do automóvel, proporcionando deslocamentos eficientes e sustentáveis.
Entretanto, os ciclistas enfrentam dificuldades para o uso do veículo em integração com outros modais. A maior parte das estações de metrô e trens no Brasil não possui bicicletário ou um sistema de compartilhamento de bikes. E, mesmo onde existe a infraestrutura, o horário de funcionamento é restrito.
O transporte das bicicletas no sistema público de mobilidade é outro obstáculo enfrentado por quem pedala. São raras as cidades brasileiras que oferecem suportes para transportar bikes em ônibus, e o embarque no interior do veículo não é permitido. No caso de trens e metrôs, muitas vezes há regras que praticamente inviabilizam o uso cotidiano.
Uma pesquisa realizada para a Campanha Bicicleta nos Planos aponta que o principal destino de 80% dos usuários que andam de bike nas cidades durante a semana é o trabalho. Contudo, nos vagões do metrô de São Paulo, por exemplo, é permitido o embarque das bicicletas apenas a partir das 20h30.
Como usar a bicicleta dobrável integrada a outros modais?
Uma maneira de driblar os obstáculos para a integração intermodal com a bike é o uso de bicicleta dobrável. A facilidade e a rapidez em montar e desmontar o veículo permite que o ciclista se desloque para vários destinos sem se preocupar com cadeados, lugar para guardar ou prender e de deixar o equipamento na chuva ou sofrer com assaltos.
Na caminhada
Os modelos pesam, em média, 13 quilos, porém os exemplares mais leves têm peso de 8 kg, permitindo a superação de obstáculos urbanos, como ladeiras e escadas, com facilidade. Existem versões de bicicletas, inclusive, que se transformam em mochila para melhorar a portabilidade do veículo.
Metrô e trem
No transporte coletivo urbano, a maioria das restrições não se aplica ao veículo dobrado, desde que estejam devidamente embalados em capa ou bolsa protetora para não prejudicar o conforto de outros passageiros. No caso de metrôs e trens de São Paulo, a bike pode ter um volume máximo de 150x60x30 cm.
Ônibus urbano
O equipamento também pode ser transportado em ônibus urbano, pois ocupa bem menos espaço em comparação ao modelo tradicional. Entretanto, o ciclista deve ficar atento se há alguma regra específica para levar o veículo dobrável.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a bike deve estar, preferencialmente, na área reservada para a cadeira de rodas e o cão-guia, respeitando a prioridade de cadeirantes e usuários acompanhados pelo animal.
Automóveis
O veículo dobrável também pode ser facilmente colocado no porta-malas de carros, possibilitando que o ciclista utilize táxi ou automóveis de aplicativos de transporte para percorrer distâncias mais longas ou, ainda, como opção para dias chuvosos ou muito quentes.
Fonte: Prefeitura de São Paulo, Metrô, Bicicleta nos Planos, CPTM, União de Ciclistas, Two Dogs, Bike Registrada, Prefeitura de Belo Horizonte.