Estudo feito pela Tembici mostra o impacto dos congestinamentos nos deslocamentos do público feminino
Por Daniela Saragiotto – editada por Mariana Collini em 05/12/2024
Um estudo feito pela Tembici sobre mobilidade feminina revela que o trânsito é um desafio de deslocamento comum em praticamente todas as regiões do Brasil. Assim, o levantamento foi realizado com 900 mulheres da base nacional de clientes da Tembici durante o mês de outubro, sendo todas usuárias do sistema de bikes compartilhadas.
De acordo com a pesquisa, 75% das brasileiras afirmam que o trânsito é um problema no seu cotidiano e 83% consideram o tempo que ficam presas no trânsito ao organizarem suas tarefas cotidianas.
Sthefany Simioni, gerente de RelGov da Tembici, explica que levantamentos do tipo contribuem para fomentar o uso da bicicleta no Brasil.
Trânsito impulsiona uso das bikes
“A realização das pesquisas com a base de usuários parte do princípio de que entender as nuances, desafios e cenário da ciclomobilidade é o primeiro passo para possibilitar a criação de políticas públicas assertivas e com aderência nas grandes metrópoles”, explica Simioni.
Feita com mulheres acostumadas aos sistemas de bikes compartilhadas, a pesquisa mostrou que para 68% delas as bikes representam uma alternativa para fugir do trânsito.
Além disso, 76% declararam que mudaram seus hábitos de locomoção: 47% passaram a evitar transitar nos horários de pico, 35% começaram a se deslocar com meios de transporte não motorizados.
Adicionalmente, 32% delas se mudaram para mais perto dos locais de destino diários e 28% disseram que o transporte público virou uma alternativa mais viável.
Economia de tempo
Ainda segundo o estudo, a economia de tempo proporcionada pela bicicleta é o principal motivo de escolherem o modal.
Assim, 68% delas usam a bike para evitar congestionamentos e 53% conseguem economizar mais de 1 hora de trânsito ao pedalarem para seus compromissos.
Por outro lado, os dados mostram os impactos dos congestionamentos na saúde: 53% das mulheres se sentem mais estressadas quando estão no trânsito e 51% sentem que desperdiçam um tempo no qual poderiam se exercitar nos congestionamentos. Dessa forma, 39% das mulheres entrevistadas afirmam que ficam ansiosas só de imaginar que pegarão congestionamentos e 29% sentem que eles afetam sua concentração.
Para Simioni, alguns pontos do estudo merecem atenção. “Apesar do trânsito ter sido normalizado durante anos, as mulheres hoje entendem que esse desperdício de tempo precisa ser minimizado em prol de um cotidiano mais prático, saudável e sustentável”, diz.
Dessa forma, a locomoção nas grandes metrópoles brasileiras, de acordo com a executiva, vai deixando de ter uma associação automática com o uso do automóvel.
Foto: Divulgação Tembici