O ônibus de trânsito rápido (BRT) é um tipo de transporte público, mas não basta ser ônibus para ser BRT. Em 2011, o Institute for Transportation and Development Policy (EUA) definiu uma série de regras para que os sistemas de ônibus das cidades pudessem ser considerados BRT. Conheça algumas curiosidades do sistema. Vamos saber mais de como funciona um motor elétrico.
1. A passagem precisa ser paga antecipadamente Para agilizar o embarque, sistemas de BRT têm estações como se fossem de metrô, nas quais o passageiro paga a passagem antes de embarcar.
2. A porta do ônibus fica na altura do embarque Também para agilizar a entrada e a saída dos passageiros, a estação de BRT deve ter a porta no mesmo nível do ônibus. Assim, passageiros entram e saem com velocidade, sem precisar subir escadas como nos ônibus tradicionais. Os veículos normalmente são articulados e comportam bem mais passageiros do que os convencionais.
3. Faixas e corredores exclusivos Para que o sistema de ônibus seja considerado BRT, é preciso que os veículos fujam do trânsito das cidades. Para isso, devem ser definidas faixas exclusivas para eles. Algumas localidades, como Curitiba, chegam a ter pistas exclusivas, separadas das faixas destinadas aos carros por muros ou grades.
4. Milhões de usuários por dia Atualmente, estima-se que mais de 27 milhões de pessoas utilizem BRTs diariamente. O sistema é popular na América Latina, onde estão mais de 19 milhões de usuários. O Brasil oferece o serviço em 21 cidades, contando com mais de 10 milhões de usuários por dia. Em seguida está a Colômbia, com 3 milhões de usuários, e depois o México, com 2,5 milhões.
5. Maior sistema Apesar da popularidade do sistema na América Latina, o maior sistema de BRT é o TransJakarta, em Jacarta, na Indonésia. São 251,2 quilômetros em 13 linhas interligadas e abastecidas por mais de 4,3 mil ônibus. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas usem o sistema diariamente.
6. Como surgiu? É difícil apontar exatamente onde começou o sistema de BRT, mas quem popularizou o sistema foi o Brasil. Na década de 1970, Curitiba se inspirou em experiências da Inglaterra, do Peru e do Canadá para montar um sistema de BRT. A cidade criou várias das inovações que foram copiadas no mundo todo, como pistas exclusivas, estações com conexões para outras linhas, estações fechadas e embarque no nível das portas.
7. Preço baixo de aplicação O BRT é um ótimo modal de transporte para cidades em desenvolvimento pelo baixo custo. Enquanto para implementar o metrô o investimento chega a ser de R$ 200 milhões por quilômetro, o do BRT é de apenas R$ 20 milhões por quilômetro. O modal também pode ser uma maneira de combater a poluição, desde que utilize veículos elétricos.
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