“Aglomerados Subnormais” (AGSNs) é o termo utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para caracterizar um fenômeno comum em todo o mundo: as moradias “irregulares”.
Segundo o órgão, os aglomerados são definidos como formas de ocupação irregular, para fins de habitação, de terrenos de propriedade alheia, seja pública ou privada. Estas ocupações ocorrem majoritariamente em áreas urbanas e têm características em comum.
Os aglomerados subnormais são marcados por um padrão urbanístico irregular e carência de serviços públicos, como saúde, educação e transporte. Além disso, as ocupações podem ocorrer em áreas de risco de desabamento e alagamento, pondo em perigo pessoas e o meio ambiente.
Os AGSNs são popularmente conhecidos no Brasil como favela, invasão, baixada, comunidade, mocambo ou grota. Segundo o IBGE, em 2019, o Brasil apresentava 13.151 desses aglomerados, com estimados 5.127.747 domicílios e cerca de 50 milhões de habitantes.
Devido à própria natureza desses agrupamentos, é difícil encontrar números oficiais que não sejam estimativas. Porém, segundo a ONU – Habitat, 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo vivem em situações irregulares e precárias. Em 2030, 1 em cada 4 pessoas pode estar nesta situação.
Com mais de 100 mil domicílios e uma população estimada entre 1,5 e 2,4 milhões, Orangi Town é considerada a maior favela do mundo. Boa parte dos moradores não têm sequer acesso à água potável.
Popularmente chamada de Neza, a favela cresceu durante a década de 1990 na Região Metropolitana da Cidade do México. Atualmente, abriga estimados 1,2 milhões de pessoas.
Dharavi é a maior favela da Índia, com população estimada entre 700 mil e 1 milhão. Porém, os problemas sociais e habitacionais da Índia são bem maiores. O conjunto de favelas de Maharashtra pode abrigar mais de 19 milhões de pessoas.
A 7 km de distância de Nairobi está o bairro de Kibera, um conjunto de barracos sem estradas pavimentadas ou definidas. A população estimada varia entre 500 mil e 1 milhão; porém, alguns analistas falam em até 2,5 milhões de habitantes, dos quais menos de 20% têm acesso à eletricidade.
5. Khayelitsha, Cidade do Cabo, África do Sul População estimada: 400 mil a 1,2 milhões 6. Tondo, Manila, Filipinas População estimada: 400 mil a 600 mil
7. Cité Soleil, Porto Príncipe, Haiti População estimada: 200 a 400 mil 8. Manshiyat Naser, Cairo, Egito População estimada: 60 a 250 mil
A favela da Rocinha é considerada o maior AGSN em território nacional. Com estimativas de população que chegam até a 180 mil habitantes, ela é mais populosa do que 92% dos municípios brasileiros.
Quer saber mais do tema? Acompanhe o blog do Summit Mobilidade para ficar por dentro das principais discussões sobre moradia e mobilidade urbana.