Chuva ácida é a designação para o fenômeno de combinação de poluentes com a água que será precipitada. Apesar de poder acontecer naturalmente, o fenômeno é muito mais comum devido à interferência humana.
O termo chuva ácida começou a ser utilizado no século 19, quando cientistas perceberam a influência que a Revolução Industrial na Inglaterra teve no tipo de chuva. A água da chuva tinha elevada acidez, devido à presença de poluentes, como o dióxido de enxofre.
O termo chuva ácida não é correto na origem, já que toda a chuva contém ácido carbônico (H2CO3). Porém, convencionou-se que toda precipitação com p.H abaixo do nível de tolerância (N.T.) 5,5 é considerada ácida.
A chuva ácida pode acontecer naturalmente, em situações como erupções vulcânicas, incêndios naturais e alguns processos microbianos que lançam dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio na atmosfera.
Na maior parte, entretanto, a chuva ácida é causada pela ação humana. Emissões de dióxidos de enxofre e de óxidos de nitrogênio são a principal causa e ocorrem na queima de combustíveis em indústrias e usinas elétricas, bem como nos veículos com motor à combustão.
Os elementos levados à atmosfera fazem com que a água da chuva seja misturada com o ácido sulfúrico e ácido nítrico. Quando ocorre a chuva, esta água pode causar diversos danos, desequilibrando ecossistemas.
- afeta o pH dos oceanos, levando à diminuição da biodiversidade, gerando, por exemplo, a perda de fitoplâncton que alimenta várias espécies; - afeta águas continentais (água doce), matando algumas espécies e podendo deixar a água insalubre;
- danifica o solo e impede que as plantas absorvam nutrientes corretamente. Danifica raízes e atrapalha o crescimento da flora; - corrói construções com base calcária, de mármore, metálicas e de concreto, afeta a infraestrutura das cidades, além de obras de arte.
A diminuição da incidência da chuva ácida anda em conjunto com a despoluição do planeta. É fundamental diminuir a emissão de gases poluentes, aumentar as áreas de florestas, tratar a água antes de devolvê-la a rios e mares, usar energias limpas e diminuir o consumo energético.