Para que serve o arranha-céu?

Grandes construções ganharam espaço nas cidades, mas será que elas são necessárias?

O termo “arranha-céu” deriva do inglês sky scrapper e começou a ser utilizado no século 19. Na época, os primeiros prédios com mais de dez andares surgiram em Nova York e Chicago (EUA) e logo capturaram a imaginação do público.

Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas e as descobertas de novos métodos de construção derrubaram os limites para as alturas alcançáveis. Com isso, o Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano, órgão internacional de estudo de grandes estruturas, definiu que se use o termo “arranha-céu” exclusivamente para prédios com mais de 150 metros de altura (cerca de 40 andares).

Mas, afinal, para que serve o arranha-céu? 

Construções tão altas são mesmo necessárias? As respostas para essas questões são complexas. Talvez um prédio tão alto não seja apenas questão de necessidade, mas também de status. Muitas empresas e até governos financiam arranha-céus para mostrar poder nas áreas de engenharia e arquitetura.

Os maiores prédios do mundo já aprenderam como ser lucrativos, e a maioria abriga uma série de iniciativas comerciais, como empresas, mercados, shoppings, hotéis, cassinos, academias e, é claro, áreas residenciais. Com o preço de terrenos disparando, principalmente nas grandes metrópoles, arranha-céus são uma solução para abrigar mais gente e gerar mais negócios em terrenos menores.

O prédio mais alto do mundo é o Burj Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A construção tem 828 metros de altura e 163 andares. Em seguida está Merdeka 118, em Kuala Lumpur, na Malásia, com 118 andares e 678,9 metros de altura.

No quesito altura, o Brasil não tem uma construção que se aproxime das citadas, mas isso não significa que o País não tenha arranha-céus. Ao contrário do que possa parecer, os prédios mais altos do Brasil não ficam em São Paulo, conhecida como “selva de pedra”: quatro dos cinco maiores prédios do País estão em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

A cidade catarinense se tornou um destino turístico famoso, então a especulação imobiliária tomou conta. Assim, Balneário Camboriú se tornou a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro do País.

O prédio mais alto de Balneário Camboriú, e do Brasil, é o One Tower, com 290 metros de altura e 84 andares. A cidade ainda abriga o segundo e o terceiro maior prédio do País: o Yachthouse, com 281 metros de altura, e o Infinity Coast, com 235 metros. O último ainda detém o título de maior prédio residencial, com 66 andares dedicados a moradia.