O aquecimento global é inevitável. Porém, limitar este aquecimento em 1,5ºC a 2ºC no próximo século pode evitar uma série de catástrofes ambientais e sociais para o planeta.
Para alcançar esta meta, definida no Acordo de Paris, é imprescindível frear as emissões de gás carbônico e outros poluentes na atmosfera. E descarbonizar os meios de transporte é uma peça-chave nessa equação!
Segundo dados da pesquisa “Emissions Database for Global Atmospheric Research” (EDGAR), o atual sistema de transporte é responsável por entre 15% e 26% das emissões de gases causadores do efeito estufa. O transporte rodoviário responde por cerca de 71% das emissões.
E o mundo segue com a forte dependência de veículos individuais. Uma pesquisa do Systems Change Lab mostra que na América do Norte e na Europa, 44% dos quilômetros percorridos são percorridos por carros. A perspectiva é que este índice chegue a 50% em 2030.
Dentro das grandes cidades, os veículos motorizados por combustão são os principais poluentes. Para manter a meta de aquecimento de 1,5ºC no mundo, todos os carros vendidos no mundo precisariam ser elétricos ainda este ano. Atualmente, eles representam apenas 10% das vendas.
Entretanto, muitos países, mesmo os mais ricos, ainda dependem de energia elétrica de fontes esgotáveis e poluentes, como nuclear, carvão, gás natural e termelétricas. O Brasil é uma exceção com quase 80% da energia elétrica renovável.
Os veículos elétricos também ainda enfrentam problemas em relação à pegada de carbono na sua construção e a dificuldade de reciclagem de algumas partes, principalmente baterias.
Apesar de os elétricos representarem um avanço em relação aos veículos de combustão, é fundamental incentivar o transporte coletivo e o deslocamento ativo.
Veículos individuais ocupam mais espaço, poluem mais e são menos eficientes para transportar. Porém, ainda são preferidos pelo conforto e velocidade. Cidades e países que apostam na qualificação do transporte público conseguem maior taxa de uso destes.
Nestes casos, vale a pena apostar em transportes elétricos, como ônibus, trams, trens e VLT’s. Com mais pessoas sendo transportadas e deixando de usar veículos à combustão, a balança compensa.
Além disso, as cidades que investem na infraestrutura de ciclismo e caminhabilidade oferecem maior segurança para a população usar estas alternativas. Com calçadas em bom estado e segurança, mais pessoas optam por fazer a “última milha” do trajeto a pé.
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