Ressignificação urbana

Por que monumentos e nomes de ruas têm sido repensados no mundo todo?

O "x" da questão

O que fazer quando o nome de uma avenida homenageia um grande escravocrata do século 19? Dá para manter em praça pública uma estátua erguida a um ditador sanguinário?

Diante de questões como essas, muitas cidades pelo mundo têm revisto as simbolizações históricas expressas em seus espaços.

As releituras são feitas de duas formas:

Em Bordeaux (França), nomes de traficantes de escravos foram mantidos no espaço público, mas receberam placas com relativo destaque explicando os horrores da escravidão.

Uma solução mais radical foi a adotada no Brasil. Em 2016, o então Viaduto Costa e Silva, famoso Minhocão, que homenageava um ditador, mudou definitivamente de nome para Elevado Presidente João Goulart. Na época, outras 40 vias da cidade tiveram seus nomes alterados.

Seja com mudanças no nome, seja com placas sobre os horrores da marginalização de um povo, o fato é que esse assunto é cada vez mais recorrente quando se fala em urbanismo e direito à cidade.

Embora a forma de recontar a história das cidades ainda divida opiniões, se existe um consenso entre especialistas, é o de que o espaço urbano deve ser igualitário e justo no sentido mais literal da palavra — e das ruas.

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