O futuro com carros autônomos, que podem ser conduzidos sem um motorista, dá seus primeiros passos. Atualmente, empresas como Tesla, Uber e Waymo passaram a se dedicar à nova tecnologia, que se encontra em fase de testes em ambientes reais.
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Em março de 2018, um carro autônomo da Uber na cidade de Tempe, estado do Arizona, nos Estados Unidos, causou o primeiro acidente fatal. Diante disso, as empresas têm buscado estratégias para deixar os veículos mais seguros.
Tecnologia versus segurança
Como garantir a segurança de passageiros, pedestres e outros veículos diante da possível popularização dos carros autônomos?
As empresas envolvidas sugerem como solução que o próprio carro verifique em tempo real, com o auxílio de câmeras e sofisticados algoritmos de reconhecimento, se a pessoa responsável será capaz de assumir o controle em casos de emergência.
Carros como o Cadillac CT6 e o Tesla Model S contam com modos de direção autônoma que podem ser instalados.
Enquanto os sistemas de direção automática estão ativos, câmeras vigiam o motorista, analisando detalhes como posição da cabeça e abertura e movimento dos olhos. Caso a pessoa desvie a atenção da estrada, são acionados diversos alertas e, em último caso, o carro estaciona.
Esses veículos se enquadram como semiautônomos, já que o próprio motorista decide quando acionar o sistema. Uma vez ativada, a inteligência artificial faz todo o trabalho de direção.
No caso do carro autônomo da Uber, havia câmeras registrando o ocorrido, incluindo uma câmera voltada para o rosto do motorista. No momento do acidente, o piloto de testes estava distraído, e um sistema de segurança e monitoramento poderia ter sido decisivo para evitar a colisão.
Mesmo com todos esses recursos, os carros semiautônomos não são à prova de falhas: poucos dias após o fatal acidente envolvendo o carro da Uber, um Tesla Model X colidiu contra um obstáculo levando seu condutor a óbito.
Segundo a própria fabricante, o seu sistema semiautomático, denominado Autopilot, estava ativado no momento do acidente. Em 2016, um Tesla Model S também registrou o primeiro acidente fatal da história da direção semiautomática.
Os desafios dos sistemas automáticos
A direção automática é eficiente, mas não é absoluta. Devido a isso, enquanto não há total segurança diante da eficácia dos computadores, as grandes empresas se empenham em vencer os desafios encontrados nos testes.