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Pagamento sem contato cresce 469% no Brasil durante a pandemia

A pandemia de coronavírus impulsionou o uso do pagamento sem contato no Brasil. A modalidade atingiu R$ 41 bilhões em transações durante 2020, um crescimento de 469,6% em comparação com 2019, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Créditos e Serviços (Abecs).

A tecnologia de pagamento contactless também vem ganhando força na mobilidade urbana. Apesar de não ser uma novidade no transporte público mundial, a crise do coronavírus ampliou o número de cidades que oferecem essa possibilidade.

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Conhecida como Near Field Communication (NFC — comunicação por campo de proximidade), a opção é oferecida tanto por instituições financeiras tradicionais quanto por gigantes da tecnologia como Google e Apple. No Brasil, já é possível utilizar o pagamento sem contato em ônibus, metrôs, trens e até barcas.

Pagamento sem contato na pandemia

Uso de NFC por brasileiros durante a pandemia está acima da média de países pesquisados pela Bain & Company. (Fonte: Shutterstock/Mariia Korneeva/Reprodução)

A consultoria global Bain & Company avaliou que a pandemia acelerou uma mudança no comportamento digital dos consumidores; o processo de transição, que demoraria anos para ser realizado, aconteceu em meses durante o ano passado. A empresa realizou um levantamento sobre pagamento sem contato em oito grandes países e detectou que, durante um período em que o distanciamento social foi regra, o uso de dinheiro diminuiu e 30% dos consumidores optaram por pagar compras com a tecnologia.

A média brasileira ainda foi maior, alcançando 35%, número similar ao da Índia. O País ficou atrás apenas da China e do Reino Unido, onde a adoção de tecnologias como QR Codes, pagamento por aproximação e cartão de débito e crédito em aplicativos chegou a mais de 40%.

NFC no transporte público

Metrô do Rio de Janeiro foi o primeiro do mundo a implantar pagamento por NFC sem precisar substituir as catracas. (Fonte: Shutterstock/THINK A/Reprodução)

O pagamento por aproximação está disponível de forma mais ampla em algumas capitais: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Curitiba (PR), mas pode ser utilizado também em cidades do interior, como Sorocaba e Jundiaí (SP), onde todos os ônibus aceitam a modalidade. Além disso, a tecnologia está em fase de testes em Belo Horizonte (MG).

A capital fluminense foi a primeira do mundo a aceitar o pagamento por NFC sem alterar sua infraestrutura. Desde 2019, todas as catracas das estações de metrô cariocas aceitam pagamento por aproximação com cartões ou dispositivos como celulares, relógios e pulseiras, dispensando a compra do bilhete físico. Os ônibus integrados ao sistema metroviário e as barcas que fazem o transporte para Niterói também aceitam a opção de pagamento.

Em São Paulo, a tecnologia começou a ser implantada em 2019 em 200 veículos que rodam 12 linhas de ônibus e foi expandida para toda a frota no ano seguinte. Além dos cartões, as carteiras digitais Samsung Pay, Apple Pay e Google Pay são aceitas. Na contramão mundial, o metrô e o trem de SP decidiram não utilizar o NFC na atualização de seu sistema de bilhetagem e optaram pela impressão do QR Code em papel.

Integração com Google Maps

Recentemente, o aplicativo Google Maps anunciou a integração com a plataforma Google Pay, o que permitirá pagar antecipadamente tarifas de transporte público e até mesmo adquirir de forma digital créditos para estacionamentos sem contato físico e sem a necessidade de abrir outro aplicativo. O serviço estará disponível em mais de 400 cidades dos Estados Unidos em um primeiro momento e apenas para usuários do sistema Android.

Fonte: Agência Brasil, Metrô Rio, Brain & Company, Nubank, Metro CPTM, SPTrans, Apple, The Verge

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