Mais do que a aplicação da tecnologia pura e simples em um espaço urbano, o aproveitamento eficiente de recursos naturais é o que ajuda a transformar uma cidade em uma smart city. Isso quer dizer que os conceitos “cidades inteligentes” e “cidades sustentáveis” andam juntos.
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Dentro disso, a disponibilidade de espaços verdes, a qualidade da água e do ar, a emissão de gases e a gestão de resíduos são algumas das questões que precisam ser analisadas quando se fala em cidades inteligentes.
Cidades inteligentes são cidades sustentáveis
Para entender como os ideais de inteligência e sustentabilidade se relacionam, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Udesc) analisaram os critérios de dois rankings sobre o assunto: o do European Smart Cities, para o primeiro, e o Arcadis Sustainable Cities Index, para o segundo.
O levantamento do European Smart Cities leva em conta seis critérios para ranquear quais cidades são as mais inteligentes no continente: economia, mobilidade, pessoas, convivência, governança e meio ambiente.
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No último critério, são analisadas a qualidade do ar, a consciência ecológica e a administração sustentável dos recursos. Além disso, dentro da análise sobre mobilidade, a “sustentabilidade do sistema de transporte” é o fator que tem maior peso para que uma cidade seja bem avaliada.
Por outro viés, também é interessante observar que análises relacionadas à conectividade e infraestrutura também são levadas em conta no ranking de sustentabilidade Arcadis Sustainable Cities Index.
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Ambos se encaixam no critério “lucro” da pesquisa, que também analisa as dimensões de “pessoas” (indicadores sociais e qualidade de vida) e “planeta” (meio ambiente), para definir quais são as cidades mais sustentáveis do mundo.
De maneira geral, a pesquisa da Udesc observou que os rankings de cidades inteligentes e de cidades sustentáveis apresentam diversas convergências em seus indicadores, mostrando que o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais estão interligados.
Inteligência também ajuda na preservação
Assim como a preservação do meio ambiente é essencial para que uma cidade seja uma smart city, o oposto também acontece, pois o desenvolvimento pode ajudar na administração dos recursos naturais.
De acordo com um relatório publicado em 2018, pela companhia de consultoria empresarial McKinsey, a aplicação de tecnologia nas cidades pode reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa entre 10% e 15% e diminuir o consumo de água de 20% a 30%, além de permitir que as pessoas gerem menos resíduos.
Fonte: McKinsey, Udesc.
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