As bicicletas estão sendo importantes aliadas no enfrentamento da pandemia de covid-19, pois o veículo permite a mobilidade urbana com distanciamento físico, minimizando a exposição ao coronavírus. Em virtude disso, diversas cidades pelo mundo passaram a criar ciclovias temporárias (ou ciclovias pop-ups).
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Bogotá, capital da Colômbia, ampliou a operação de 117 quilômetros de ciclovias de lazer, que existiam somente aos domingos, para todos os dias da semana. Paris, Berlim, Barcelona, Milão, Londres, Buenos Aires e Lima também adotam medidas para estimular o uso da bicicleta como uma forma segura de se deslocar durante e após a crise sanitária.
No Brasil, Belo Horizonte pretende implementar um corredor de 30 quilômetros exclusivo para ciclistas depois do fim da quarentena; os testes com marcações em pintura nas vias já foram iniciados. Rio de Janeiro e Fortaleza também devem adotar medidas de expansão do uso da bicicleta.
Ciclovias temporárias
As ciclovias temporárias são uma estratégia de urbanismo tático, estruturadas com baixo custo e alto impacto. Um espaço das faixas de carros é separado por cones ou blocos de concreto para dar mais segurança a ciclistas. Devido à rápida implementação, várias cidades estão adotando o modelo para testar transformações permanentes.
O momento é perfeito para esses experimentos. Com a diminuição da circulação de veículos, abre-se espaço para as ciclovias. A preocupação não é somente com distanciamento físico, poluição ou congestionamento. A estratégia também é uma forma de inclusão social, uma vez que a bicicleta é um veículo mais acessível para a maioria da população.
Qual a distância segura para pedalar e evitar o coronavírus?
As medidas têm como objetivo, ainda, permitir que as pessoas andem e liberem espaço em transportes públicos e estradas. Além disso, ajuda a comunidade a retornar ao trabalho e às empresas com segurança, incentivando o comércio local e apoiando a recuperação econômica nas cidades.
Estratégia de mobilidade urbana
Em grandes desafios, como terremotos e condições meteorológicas severas, a bicicleta já demonstrou a sua importância como resposta rápida para o deslocamento de equipes de emergência, por exemplo.
A ciclomobilidade deve ser vista uma forma de proporcionar uma transição ecológica para a sociedade. O uso de bicicletas favorece à diminuição da população nas ruas e a melhoria da qualidade do ar, especialmente à medida que novas pesquisas estabelecem ligações entre o ar sujo e as taxas de mortalidade por doenças como a covid-19.
Fonte: Capital Mundial da Arquitetura, Jornal Público, Forbes, Cidade de Sydney, The New York Times, Prefeitura de Leicester.
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