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Como as cidades podem evitar congestionamentos no novo normal?

Os congestionamentos são um problema em comum das grandes cidades brasileiras. Eles são originados no modelo centrado no veículo individual.

Com a pandemia, o fluxo de carros diminuiu, mas o problema ainda continua existindo pelas principais vias do País, causando uma série de prejuízos. Mas algumas medidas podem ser tomadas pelas prefeituras na tentativa de reduzir o impacto no dia a dia dos habitantes no pós-pandemia. Confira algumas soluções.

1. Investimentos no transporte público

A malha ferroviária é uma alternativa para o transporte de passageiros e cargas. (Unsplash/Reprodução)

Investimentos no transporte público são essenciais para reduzir o número de veículos nas ruas. Segundo o engenheiro de tráfego, Sérgio Ejzenberg, os cidadãos escolhem o transporte individual por falta de uma opção mais cômoda.

“São milhões de viagens por dia de carro. Se você oferecer alternativas à população, elas vão escolher a menos poluente, menos perigosa, mais confortável e segura. A sociedade não cria a mobilidade, ela usa o que está disponível”, disse em entrevista ao Estadão.

No entanto, a realidade das principais cidades é um sistema de transporte falho e ineficiente. “Qual a alternativa ao automóvel? O transporte público, que é ruim, que demora, que é caro. Uma rede de metrô minúscula, superlotada, que serve algumas regiões da cidade. É uma sorte quando você tem um metrô perto”, argumentou Ejzenberg.

2. Integração dos transportes

Aplicativos de mobilidade urbana podem ajudar na redução dos congestionamentos. (Unsplash/Reprodução)

A integração dos transportes é vista como uma das soluções que reduzem o trânsito nas cidades. Ela pode ser feita pela combinação de diferentes modais, como ônibus, metrô, trem, bicicleta, carros particulares e táxis. Isso possibilita um deslocamento mais rápido e efetivo entre diferentes localidades da cidade. 

Como exemplo, o metrô do Rio de Janeiro tem uma parceria com a 99. Ao fazer uma recarga a partir de R$ 25 no cartão-transporte, os usuários MetrôRio ganham um desconto significativo em viagens do app com ponto de partida ou chegada em uma das estações. 

Isso possibilita que os passageiros cheguem a uma determinada área desejada sem cobertura do transporte público ou que pelo menos façam a maior parte do seu deslocamento sobre os trilhos. 

3. Educação para motoristas

É preciso profissionais competentes nas autoescolas. (Unsplash/Reprodução)

A Nova Zelândia se tornou referência no mundo todo após reduzir os congestionamentos e o número de mortes no trânsito a partir da educação dos seus motoristas. Segundo dados do governo neozelandês, o número de óbitos diminuiu em 25%.

No Brasil, o Código de Trânsito determina que o conhecimento sobre o trânsito deve acontecer da educação infantil até o ensino superior. No entanto, a falta de iniciativas governamentais impossibilita que a teoria seja aplicada no dia a dia. 

Além disso, também é necessário que todos os profissionais da área de trânsito e atuais motoristas passem por revisão constante sobre as regras, leis e práticas a respeito do tráfego urbano. 

4. Apoio a transportes alternativos

O número de ciclistas também aumentou significativamente durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. (Unsplash/Reprodução)

A adoção de transportes alternativos tem reduzido o número de veículos nas ruas e oferecido uma melhor qualidade de vida para os moradores de diversas cidades do mundo, como é o caso de Bogotá, capital da Colômbia. 

Em 2018, as principais cidades brasileiras observaram um crescimento de ciclistas nas ruas com a chegada da Yellow Bike ao País. Oferecendo o compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos a custos baixos, diversas pessoas optaram por deixar o carro em casa e utilizar os serviços da plataforma para se deslocarem. 

No entanto, também é preciso que as prefeituras dos municípios ofereçam estrutura adequada para que ciclistas e pedestres se desloquem com segurança pela cidade. 

Fonte: Estadão, Via TroleBus.

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