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A palavra “skate” é um verbo na língua inglesa e significa se mover ou fazer um movimento em uma superfície. Originalmente, o termo era utilizado para designar patins de gelo ou patins com roda.
Quando o skate como conhecemos hoje surgiu, foi denominado skateboard, algo como patins em uma prancha. Com o tempo, o equipamento se tornou tão popular que virou apenas skate.
Como surgiu o skate?
Não há informações exatas do surgimento do equipamento, mas isso pode ter acontecido bem antes do que se imagina. Na virada do século 19 para o 20, os rollers scooters (uma espécie de patinete) eram famosos nos Estados Unidos.
Segundo a Federação de Skate do Paraná, há relatos de que 1918 pessoas tiraram a parte frontal do patinete e utilizaram-no de forma similar ao skate atual, mas ainda sentado, como os chamados rollers no Brasil.
Os relatos mais verificáveis do surgimento do skate surgem na década de 1950 na Califórnia. Na época, grupos de surfistas instalaram rodas e eixos nas pranchas para simular o surfe nas calçadas, e foi daí que surgiu o nome skateboard. O surf, então, podia ser praticado em dias em que não havia ondas. Foi assim que começou a história do skate e sua crescente popularidade.
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Fabricação em série e popularização
Em 1959, o primeiro skate fabricado em série começou a ser comercializado. A partir da década de 1960, a “febre” do skate cresceu. Na época, era comum tentar imitar as manobras do surfe; porém, as rodas do equipamento eram fabricadas em metais, o que facilitava os escorregões e causava muitos acidentes.
Só em 1972 surgiram as rodas de poliuretano, um tipo de plástico mais macio que possibilitou o maior controle do skate e o surgimento de manobras específicas.
Foi na década de 1970 também que algumas evoluções aconteceram no shape dos skates, tornando-os mais parecidos com os que conhecemos atualmente e menos com uma prancha de surfe com rodas. Entre essas modificações estão a inclinação no tail (as partes finais do equipamento) e a redução do tamanho dele.
Apesar de já haver relatos da construção de pistas para o skate vertical, é nos anos 1980 que elas se popularizaram. Algumas pessoas associam a origem dessa prática a momentos em que a falta de água na Califórnia impedia que pessoas enchessem as piscinas. Como muitas tinham formatos arredondados e com bastante curvas, surge uma nova modalidade de prática do esporte (chamada de bowl) com manobras mais difíceis.
Apesar de desde a década de 1960 já existirem competições internacionais de skate e da modalidade ter-se difundido em várias cidades em meio a movimentos da contracultura, nos anos 1980 ocorreu fama mundial ao skate.
A invenção da MTV fez que clipes musicais com skatistas fossem transmitidos em todo o mundo e, além disso, alguns filmes retrataram a prática do esporte. Assim, o “boom” do skate foi global.
Depois de décadas com competições com poucas regras, muito improviso, camaradagem e esportistas que ganhavam pouco dinheiro, a situação mudou. Nos anos 1990, o canal de televisão americano ESPN sediou o X-Games, um tipo de olimpíadas para esportes radicais.
Com o tempo, novas competições com patrocinadores e cobertura surgiram, e os destaques do esporte viraram estrelas. Em 2020, depois de décadas de marginalização, o skate chegou às Olimpíadas.
Apesar de toda a importância que o skate ganhou, seja como um esporte, seja como um ícone cultural para várias gerações de grupos sociais, ainda há muito preconceito contra ele.
No Brasil, por exemplo, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não faz menção ao equipamento como um veículo, assim, diferentemente das bicicletas, as regras para a circulação de skates são confusas ou ficam sujeitas às leis municipais. Muitas cidades até proíbem a circulação de skates em ciclovias, relegando a circulação do equipamento a parques e praças.
Fonte: Federação de Skate do Paraná, Bullguer, Secretaria da Educação do Paraná, InfoEscola, História de Tudo.