O grupo ítalo-britânico Planet Smart City, que ficou conhecido por construir cidades inteligentes para populações de baixa renda, pretende implantar dez de seus projetos no Brasil até 2020. O primeiro deles, já em andamento, é a Smart City Laguna, cujas obras tiveram início em 2015 — são esperados ainda cerca de 25 mil moradores.
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Localizada em São Gonçalo do Amarante, município com pouco mais de 40 mil habitantes situado na Região Metropolitana de Fortaleza, a Smart City Laguna inaugura, conforme define a própria Planet, o conceito de cidade inteligente social. “Existem várias smart cities no mundo, mas o público-alvo são pessoas ricas. E essa cidade é de todos, é aberta para todos”, argumentou a cofundadora e diretora-executiva da Planet, Susanna Marchionni, em entrevista ao portal Rede Brasileira.
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Trata-se de áreas com uma vasta oferta de serviços gratuitos, estruturas urbanas de viés sustentável e tecnológico, que, apesar de remeterem à imagem de condomínios fechados, não possuem muros ou quaisquer limitações a quem quiser entrar.
“A maioria das cidades apenas se expandem em torno dos antigos centros, e essa falta de planejamento gera vários problemas: engarrafamentos no trânsito, insegurança e exclusão social. A Planet Smart City cria bairros e cidades que contam com um masterplan eficaz e racional”, explica o site oficial da Planet.
O que esperar da micromobilidade no pós-pandemia?
Com inovações tecnológicas voltadas à inclusão, à sustentabilidade e à melhoria do cotidiano das pessoas, a Laguna se apresenta como um espaço com ampla conectividade, a exemplo das ideias implantadas no âmbito da mobilidade urbana.
Uma das facilidades é o compartilhamento de serviços e produtos entre os moradores, que podem dividir bicicletas e carros por meio de aplicativos. No que tange à pauta ecológica, a smart city possui 620 mil metros quadrados em áreas verdes distribuídas por toda a cidade.
A Smart City Natal
O segundo projeto já exposto pela empresa é a Smart City Natal, localizada em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo o site oficial da proposta, o espaço conta com mais de 50 soluções inteligentes, como pavimentação drenada e iluminação de LED.
Pensando em manter uma cidade integrada, a Smart City Natal, assim como a Laguna, possui vários espaços públicos com atividades gratuitas. As duas opções de residências prontas podem ser vistas no site oficial do projeto: uma é a Casa Jasmin, com 66,73 metros quadrados; e a outra é a Casa Hortênsia, com 63,99 metros quadrados.
Soluções inteligentes
Entre as soluções inteligentes oferecidas nos projetos da Planet estão o Planet App, um aplicativo gratuito para facilitar o acesso das pessoas à cidade; um sistema com ilhas de recarga para abastecer veículos elétricos; totens interativos para dar informes à população; além de wi-fi gratuito nas áreas públicas da smart city.
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Também há propostas visando ao compartilhamento e à sociabilidade dos moradores. Uma delas é a chamada Biblioteca de Objetos: um espaço onde é possível alugar ou trocar objetos e equipamentos específicos que não são usados diariamente pelos habitantes da cidade.
A Planet ainda não tem data para lançar o próximo projeto, mas almeja uma rápida expansão e não apenas no Brasil. “Daqui a dez anos pretendemos ser o maior player mundial do setor de cidades inteligentes”, declarou Susanna Marchionni recentemente ao portal EngenhariaE.
Fonte: Planet Smart City, Abrainc, EngenhariaE.
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