Nos últimos anos, o termo “sinistro de trânsito” tem sido amplamente utilizado por especialistas e órgãos públicos para se referir a colisões, atropelamentos e outros eventos que são conhecidos como acidentes.
Inscreva-se agora para o Estadão Summit Mobilidade. É online e gratuito!
Promovida por diversos países pelo mundo, a discussão sobre a substituição do termo tem oferecido mais do que uma nova palavra, mas uma nova maneira de pensar e entender a segurança viária.
De acordo com o Instituto WRI Brasil, desastres no trânsito podem ser evitados por meio de uma série de medidas tomadas pelos gestores urbanos. Um exemplo vem de Madri, que alterou o limite de velocidade para 30% em mais de 80% de suas vias no ano passado. Além de deixar as ruas mais seguras, os especialistas esperam que os sinistros diminuam em até 30% nos próximos anos.
O termo “acidente” passa a sensação de que essas colisões ou atropelamentos não podem ser previstos, fazendo que muitas ações deixem de ser tomadas para reverter a situação.
No entanto, ao pensar na segurança viária como uma junção de diversos fatores, que envolvem o planejamento das ruas, a redução da velocidade e a aplicação de medidas mais severas, é possível reduzir os sinistros e promover mais segurança para todos os cidadãos.
Leia mais:
O que é trânsito? Veja a importância e as aplicações do conceito
5 cidades que reduziram o limite de velocidade no trânsito
Como as leis de trânsito evoluíram no Brasil e no mundo?
Sinistro de trânsito: ABNT adota terminologia
Dando ainda mais fôlego à discussão, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também resolveu rever o termo “acidentes de trânsito”, que, até o momento, era determinado pela norma de 2018 para ser utilizado durante pesquisas e o planejamento de ações sobre o assunto.
Agora, pela NBR 10697, a ABNT não apenas define o sinistro como “todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas e/ou animais”, mas também considera uma grande quantidade de fatores que são geradores dos sinistros.
Esse passo é considerado importante por especialistas, uma vez que ele deve criar uma nova perspectiva para a forma como os profissionais pensam e desenvolvem as cidades do futuro.
Além disso, essas adequações são necessárias para que as cidades possam se tornar cada vez mais inteligentes, chegando um pouco mais próximas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: WRI Brasil, Abramet.