A Segunda Guerra Mundial deixou inúmeras marcas na Alemanha. Além de iniciarem uma profunda reflexão sobre a dinâmica que fez do nazismo umas das páginas mais tristes da história, os alemães precisaram reconstruir um território em ruínas. E Berlim é uma amostra desse movimento.
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Mas não foram apenas edifícios que a capital ergueu no período pós-guerra, já que muitas árvores, algumas centenárias, foram destruídas durante os ataques aéreos, e as que resistiram foram derrubadas para servirem de lenha a uma população miserável; em razão disso, poucas árvores na capital alemã têm hoje mais de 70 anos. A tília, espécie característica da paisagem de lá, é a principal personagem desse incidente.
No fim dos anos 1940 e ao longo dos anos 1950, o reflorestamento da Alemanha e da capital, em particular, tornou-se uma prioridade para os cidadãos. A primeira tília foi replantada em 1949 no bairro central de Tiergarten pelo Prefeito Ernst Reuter. De certa forma, esse gesto foi uma refundação espiritual de uma Berlim dizimada que voltava a crer na vida.
Tecnologia
Mais de 70 anos depois, as plantas berlinenses voltam a estar em perigo; desta vez, não por bombas, mas pelas gotas de chuva que teimam em não cair. As plantações têm sofrido com uma crise hídrica como não se via há décadas, e os rios estão com níveis preocupantemente baixos. Mas uma boa notícia vem da tecnologia: um aplicativo que pode ser traduzido como Regue a Vizinhança estimula os habitantes a darem uma mãozinha no caso de falta de chuva.
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Com um referenciamento surpreendente, o app é capaz de identificar 600 mil árvores em espaços públicos, como ruas e parques, com detalhes sobre espécie, idade e necessidade de água em relação à precipitação recente. Desenvolvido pelo CityLAB Berlin, um centro de pesquisa e desenvolvimento financiado por instituições públicas, o software possibilita que os berlinenses adotem algumas árvores em torno de casa ou no trajeto que fazem cotidianamente; assim, a tecnologia é uma aliada importante do urbanismo sustentável.
Clima
Infelizmente, a seca que a Alemanha enfrenta não é a primeira ameaça que as árvores sofrem desde o reflorestamento do país. Nos últimos anos, outros fenômenos climáticos vêm castigando a vegetação. Em 2017, o ciclone Xavier arrancou e danificou milhares de plantas, e estiagens em 2018 e 2019 também trouxeram problemas à área verde. Por isso, a iniciativa tecnológica promete dar uma sobrevida às vegetação, que tem se esforçado para sobreviver em condições adversas.
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Ambientalistas da cidade alertam que as oscilações estão além do quadro normal próprio de um país com estações bem definidas. Isso pode trazer riscos às plantas e às pessoas: mais árvores estão morrendo e caindo, além de deixarem de cumprir um papel importante na regulação da temperatura urbana.
Cada árvore plantada custa um valor alto às finanças do Estado, que monitora a vegetação e, em períodos normais, faz a manutenção do cenário verde da capital do país. É por isso que ferramentas como o aplicativo recém-desenvolvido são tão bem-vindas.
Fonte: Next City
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