O ChatGPT, chatbot desenvolvido pela empresa OpenAI, que usa uma técnica de linguagem no modelo Generative Pre-Trained Transformer (GPT), tem chamado a atenção do mercado. O grande diferencial dessa tecnologia é o fato de escrever textos semelhantes aos humanos usando deep learning, ou aprendizagem profunda.
A tecnologia já vem sendo usada por empresas, entre elas a Dubai Electricity and Water Authority (DEWA). A organização foi a primeira concessionária em escala global a utilizar o recurso, que também é aplicado em outros produtos, como o Azure, computação em nuvem da Microsoft, que firmou parceria com a OpenAI.
Como o ChatGPT funciona na DEWA?
Na DEWA, o ChatGPT é usado no atendimento a clientes, bem como nos serviços liderados internamente por funcionários. A medida é uma forma de integrar as informações e otimizar, além de agilizar, o relacionamento com o público, tanto interno quanto externo.
A DEWA utiliza a inteligência artificial desde 2017, de acordo com um comunicado feito pela empresa. O objetivo da iniciativa é “enriquecer as experiências de clientes, funcionários e outras partes interessadas” e segue os esforços de Dubai em se tornar, cada vez mais, um local inovador.
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Entendendo o funcionamento do ChatGPT
O ChatGPT nada mais é que um chatbot com capacidade de conversar. O grande diferencial é que a tecnologia utiliza algoritmos, com base na inteligência artificial, para aprender técnicas de linguagem e se comunicar de forma fluída e menos robotizada.
O modelo de linguagem adotado pelo ChatGPT é treinado e acessa uma série de bases de dados, disponíveis na internet, para manter uma conversa com uma pessoa sobre qualquer assunto. O serviço, que tem versões gratuita e paga, é disponibilizado na versão escrita.
Diferente de um chatbot convencional, que segue um script e nem sempre é intuitivo, o ChatGPT tem uma linguagem mais fluída. O fator que pode assustar desavisados é a proximidade com a qual a escrita é desenvolvida. A questão é que não se trata de um ser humano, e sim de uma máquina com capacidade cognitiva artificial.
O recurso já foi usado, entre outras coisas, para responder a questões aplicadas no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). E deu tão certo que, das 80 questões possíveis na primeira fase da prova, o ChatGPT acertou 48. O teste foi realizado por Daniel Marques, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L).
O ChatGPT e o futuro do trabalho
As potencialidades do recurso, seja para as empresas, seja na vida das pessoas, vem sendo discutidas em várias esferas sociais, inclusive em âmbito profissional, desencadeando uma série de pânicos sobre os usos possíveis dessa tecnologia e o futuro do trabalho.
Uma delas é, considerando a desenvoltura do robô em se comunicar, que profissões como a de produtores de conteúdo e jornalistas estariam fadadas à extinção. Sobre isso, outro teste foi feito pela redação do site Olhar Digital, especializado em informações sobre tecnologia.
Na ocasião, solicitaram ao ChatGPT que escrevesse uma matéria sobre um filme. O chatbot conseguiu entregar um texto semelhante aos publicados nesse e em outros portais.
A medida, ao passo que automatiza determinadas tarefas, vem sendo questionada por esse e outros motivos, entre eles os direitos autorais relacionados às informações apresentadas. Uma vez que são encontradas na internet, têm, portanto, autoria, a qual não é informada pelo ChatGPT ao apresentar o conteúdo que reúne.
Fonte: OpenAI, Business Wire, Migalhas, Olhar Digital