Desde o dia 10 de abril, Porto Velho oferece tarifa zero para o transporte coletivo. Um decreto assinado pelo prefeito Hildon Chaves prevê a gratuidade até 9 de maio. Após esse período, os ônibus circularão com valores reduzidos por meio de um subsídio da Prefeitura. A ideia é movimentar o setor de transporte público, que vive uma das maiores crises de sua história no mundo devido à pandemia.
Segundo o documento, de 10 de maio a 9 de agosto, o valor da tarifa será de R$ 1. De 10 de agosto a 9 de novembro, o preço subirá para R$ 2. De 10 de novembro a 31 de dezembro, será R$ 3. Só em 1° de janeiro de 2022, o valor antigo de R$ 4,05 deverá ser retomado.
A prefeitura estima um repasse de R$ 6 milhões em subsídios para a empresa JTP — Transporte, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda., operadora do transporte coletivo da cidade. Segundo o prefeito, a medida é uma forma de garantir o equilíbrio econômico-financeiro da empresa durante a pandemia e o direito de ir e vir dos mais vulneráveis.
Para ter acesso às tarifas reduzidas, os usuários terão que utilizar o cartão eletrônico COM Card ao entrar no transporte. Para pagamentos em espécie, a passagem continuará no valor atual.
Demanda de passageiros do transporte coletivo cai em Porto Velho
Assim como em outras cidades brasileiras, a demanda de passageiros no transporte coletivo caiu significativamente durante a pandemia na capital rondoniense. Cerca de 58 mil pessoas em média eram transportadas diariamente pela empresa na época em que a licitação foi feita.
Atualmente, estima-se que estão sendo transportados apenas 6 mil passageiros por dia. A queda se deu devido às medidas de isolamento social adotadas e a preferência pelo transporte individual como medida de proteção.
Devido a isso, a concessionária JTP buscou a Secretaria Municipal de Transportes (Semtran) como forma de encontrar uma solução para aliviar o impacto negativo sofrido pela empresa.
Porto Velho ficou sem transporte coletivo
Em 23 de setembro de 2020, os porto-velhenses ficaram sem transporte coletivo após o Consórcio Sim, antiga empresa licitada da cidade que descumpriu o contrato e retirou os veículos da rua antes da data prevista.
Na época, a empresa se pronunciou e disse que esteve à disposição para continuar com a operação até que a nova empresa assumisse, mas que após a prefeitura orientar a população a deixar de comprar os vales-transportes, as atividades precisaram ser interrompidas por questões financeiras.
Uma medida judicial chegou a determinar a retomada imediata das atividades do consórcio na capital de Rondônia, mas o transporte coletivo só foi retomado em 1° de outubro com a antecipação das atividades da nova empresa concessionada.
Fonte: Mobilize, Diário do Transporte, Prefeitura de Porto Velho, Semtran.