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O design ambiental tem sido um caminho cada vez mais procurado para entrelaçar a arquitetura com a necessidade de promover o ambientalismo nas cidades. O impacto vai além da percepção dos espaços, pois estimula a inclusão do ambientalismo ao mesmo tempo que se propõe a desenvolver soluções criativas.
Se antes o design ambiental se apresentava como uma ideia distante e essencialmente futurista, hoje já é uma solução moderna e que pode responder aos desafios e às necessidades de habitação existentes.
Nesse processo, é importante destacar que o design ambiental tem como pilar a concepção de projetos que possam otimizar os recursos naturais. E, como toda obra tem um impacto, o emprego de boas práticas contribui para o desenvolvimento de novas alternativas que possam ampliar seu impacto em uma escala maior.
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Design além da vida útil da obra
Em uma obra domiciliar, por exemplo, o design ambiental vai além da concepção do desenho. No próprio processo de construção, a gestão de resíduos já se torna relevante, pois é a readequação de um determinado espaço.
Por isso, considerando que muitos impactos ambientais surgem antes mesmo da entrega da obra, a escolha dos recursos empregados também faz parte do processo de criação dos projetos urbanos e devem promover a sustentabilidade.
Um exemplo válido em um elemento comum às casas pode mostrar o impacto: um projeto iniciado nos anos 2000, em Chicago, incentivou a implementação de telhados verdes, com vegetação, que poderiam ser usados para resfriar os prédios, começando pela prefeitura.
A partir disso, houve incentivo para a redução do investimento necessário para sua aplicação, visando estimular que mais imóveis adotassem esse modelo que gera menor consumo de energia nos dias mais quentes.
Na prática, isso significa que, como o design é um elemento em constante contato com a sociedade, ele é capaz de estimular o uso de energias limpas e fontes renováveis. Assim, mesmo o uso de vegetação pode ser usado como estratégia e atender a diversos objetivos distintos, como proporcionar conforto e uma melhor circulação do ar, bem como reduzir a incidência solar.
Repensando o espaço público
No Brasil, outra iniciativa merece destaque: a cidade de Boa Vista (Roraima). A capital investe, desde 2017, na adoção de estruturas que produzam energia solar, visando estimular o uso de energia limpa e reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2). Para tanto, foram instalados 15 mil painéis solares com potência de 5 megawatts em edifícios públicos, estacionamentos e até mesmo em pontos de ônibus.
O esforço apresentou resultados com a geração de 6,7 megawatts de energia e a economia de R$ 5 milhões de gastos em consumo energético. Como mudar a matriz energética de um país é um processo que exige tempo e dedicação de diversos agentes, projetos urbanos que promovam o design ambiental e apresentam essa natureza mostram como têm potencial para protagonizar as mudanças e propor tendências.
Além de gerar benefícios que podem ser percebidos pela própria população, a iniciativa promove a educação ambiental entre os próprios servidores públicos ao mesmo tempo que incentiva a economia energética, conferindo um caráter ainda mais promissor a projetos que com essa finalidade.
Fonte: Prefeitura de Chicago, Prefeitura de Boa Vista