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Principais dúvidas sobre a bateria do carro elétrico

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A popularidade e a procura por carros elétricos vêm crescendo. Em 2021, foram 4,2 milhões de veículos desse modelo emplacados no mundo, número que representa quase o dobro do total vendido em 2020. Apesar da maior aceitação dos veículos elétricos, ainda existem muitas dúvidas, principalmente em relação à bateria de carro.

No Brasil, o mercado dos veículos eletrificados também está crescendo. No primeiro semestre de 2022, foram vendidos 4.073 veículos leves eletrificados (entre híbridos e 100% elétricos), mais do que em todo o ano de 2021.

Carros elétricos: solução e novos problemas para o meio ambiente. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A bateria do carro elétrico gera muita polêmica e confusão. Nesse modelo, a bateria cumpre uma função bem mais importante do que nos carros a combustão, afinal, são elas que movem o motor (ou os motores).

A conversão da energia química em elétrica é o que garante o funcionamento do motor de um carro elétrico e, como na maior parte das baterias atuais, são os íons de lítio que garantem a energia.

Apesar dos inúmeros benefícios que a descarbonização dos veículos pode causar, as atuais baterias dos carros elétricos ainda podem gerar uma série de danos ambientais. Sendo de alto custo e de difícil reciclagem, as baterias podem virar um gargalo da indústria automobilística no futuro.

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Qual é a autonomia da bateria do carro elétrico?

Isso depende do tamanho e da capacidade da bateria, como também da autonomia do veículo. O Nissan Leaf, que foi o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2021, com índices de autonomia padrões na União Europeia, roda 270 quilômetros (km) com uma carga completa de bateria, que tem capacidade de 40 quilowatt-hora (kWh). O Volvo XC40 Recharge, também disponível no Brasil, tem uma autonomia de 418 quilômetros; já a BMW iX xDrive50 alcança uma autonomia de 630 km.

Quanto tempo dura a bateria de um carro elétrico?

Ao longo dos anos, as baterias dos carros elétricos vão perdendo a capacidade e diminuindo a autonomia dos veículos. Estudos demonstram que pode haver quedas de 2,3% ao ano na autonomia dos veículos, com isso a maioria das marcas oferece uma garantia de oito anos, que é o tempo estimado para a troca da bateria do carro. É esperado que, nesse período, os veículos rodem entre 160 mil km e 240 mil km.

Como carregar a bateria de um carro elétrico?

Os carros elétricos podem ser carregados em tomadas convencionais, estações de cargas rápidas e Wallbox, um carregador elétrico de alta eficiência que precisa ser instalado em residências por mão de obra especializada e pode custar caro.

Em tomadas convencionais, o carregamento pode demorar de oito horas a dez horas. Já no Wallbox ou em estações de carga rápida (disponíveis em shoppings, por exemplo), o tempo de carregamento pode variar entre uma e duas horas.

Vale ressaltar que esses dados são para as baterias mais convencionais, de 40 kWh, já as baterias maiores podem demandar mais energia.

É importante conferir o tipo de plug do carro antes de carregar o veículo em lugares públicos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Quanto custa carregar um carro elétrico?

É aqui que está o grande trunfo dos carros elétricos para os consumidores: enquanto os veículos ainda são caros e os pontos de recarga são escassos, é na economia com combustíveis que o carro “se paga”. Por lei, por enquanto, o carregamento em locais públicos, como os disponíveis em shoppings, supermercados e postos de combustíveis, é gratuito.

Um estudo do site Luz Solar estima que quem rode até 4,5 mil km por mês com um carro elétrico gaste cerca de R$ 370,50 ao carregá-lo em casa. O gasto representa uma economia de 80% do que o valor gasto no equivalente rodado com gasolina.

A bateria do carro elétrico é reciclável?

Sim, porém alguns fatores dificultam esse processo. Atualmente, as partes mais aproveitadas das baterias são as de alumínio. Muitas vezes, o lítio e outros materiais tóxicos acabam descartados em aterros sanitários, causando o risco de contaminação do solo e até de causar explosões.

Um dos fatores que comprometem a reciclagem é a falta de padronização nos produtos por parte das montadoras, o que dificulta — e às vezes inviabiliza — o processo de retirada de materiais.

Algumas montadoras, como a Toyota e a Tesla, já iniciaram programas de aproveitamento de baterias em painéis solares que alimentam outras construções, porém nenhum programa consegue dar conta do número total de baterias que vêm sendo produzido.

Caso a situação não se inverta, os carros elétricos podem ajudar a salvar o mundo da poluição por emissão de gases causadores do efeito estufa, mas criar outro ciclo de problemas ambientais.

Quer saber mais de mobilidade urbana? Assista aqui à opinião e à explicação de nossos parceiros especialistas sobre diversas pautas ligadas ao tema.

Fonte: Mobi Auto, Inside EVS, Jornal do Carro Estadão, Portal Solar

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