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A Glydways, empresa estadunidense de tecnologia, lançou recentemente um projeto que pode mudar a forma como entendemos o transporte público. Batizado com o mesmo nome da companhia, ele propõe o uso de carros autônomos como alternativa aos veículos do transporte coletivo tradicionais, como ônibus e metrôs.
Os carros funcionariam em um sistema 100% fechado, com ruas exclusivas para os veículos autônomos e sem nenhum tipo de barreira que atrapalhasse a circulação, como cercas ou quebra-molas.
A Glydways reforça a necessidade de um sistema único para o transporte, pois essa seria a única maneira de integrar todos os veículos da frota e controlá-los simultaneamente, evitando qualquer tipo de sinistro de trânsito.
Apesar de o projeto prever o uso de sensores para evitar colisões com animais e humanos, a ideia é que o carro se desloque o tempo todo, não precisando parar em sinaleiros. Isso faria que o tempo de deslocamento diário pudesse ser reduzido em até um terço.
Ainda de acordo com a Glydways, uma vez que o projeto fosse instalado, seria capaz de transportar até 10,8 mil passageiros por hora. O custo seria de R$ 1,17 a cada 1,6 quilômetro percorrido e, apesar de ter capacidade para até 4 passageiros, a ideia é que os veículos sejam compartilhados apenas com amigos e familiares.
Para acioná-los, os passageiros utilizariam aplicativos da empresa, no qual poderiam inserir os locais de partida e de destino, aguardando apenas o veículo ir até o local de encontro.
Pensando na sustentabilidade e na proposta de carbono zero, a Glydways também afirma que os veículos teriam painéis solares no teto e iriam produzir mais energia do que consomem.
Atualmente, a empresa está em diálogo com a cidade de San José (Califórnia) para a implementação do projeto. Todavia, nenhuma informação sobre o andamento da proposta foi divulgada ainda. Apesar do desejo de estar presente em cidades do mundo todo, a ideia da Glydways é de começar a expansão em território norte-americano.
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Será que essa ideia dá certo?
O projeto da Glydways se apresenta como inovador e diferente das tendências tradicionais para o futuro da mobilidade urbana. No entanto, é preciso que ele ultrapasse diversas barreiras para ser implementado globalmente como deseja a empresa.
Um dos pontos mais importantes é convencer governos e população da segurança do projeto, visto que entrar em um veículo sem nenhum motorista humano pode parecer assustador para uma grande parcela da população.
Outro ponto a ser pensado está na estrutura urbana que as cidades precisarão adaptar para conseguir executar o projeto. No caso de cidades novas, que estão em fase de planejamento e construção, é possível que a adequação seja um pouco mais simples. Mas essa não é a realidade de grandes metrópoles, que já têm uma estrutura pronta.
Fonte: Mobilize, Glydways.