Imagine viver em uma cidade onde tudo o que você precisa está bem perto, e já que não é necessário percorrer grandes distâncias, nem há espaço para carros. Resultado: um lugar calmo, saudável e sustentável. Essa é a proposta da The Line, smart city que deve sair do papel este ano na Arábia Saudita.
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Segundo a ideia levada a público pelo príncipe Mohammed bin Salman, serão 170 quilômetros livres de automóveis. Serviços essenciais poderão ser acessados a pé ou de bicicleta, em 5 minutos, e extremidades poderão ser percorridas em 20 minutos.
Estruturada em linha, a The Line será feita do zero e acomodará 1 milhão de habitantes, segundo bin Salman, em comunicado oficial transmitido pela televisão no país. Sustentável, a smart city preservará 95% das áreas naturais onde está, sendo inteiramente abastecida por energia renovável.
A The Line será erguida próximo à costa do Mar Vermelho e faz parte de uma cidade-estado, a Neom, também em construção mediante um investimento de US$ 500 bilhões. Esse grande projeto terá 26,5 mil quilômetros quadrados e será 33 vezes maior do que Nova York.
Histórico
A The Line não é exatamente uma novidade. A proposta foi divulgada pela primeira vez em 2017 como uma zona futurística centrada em energia limpa e novas estratégias de mobilidade urbana. Mas, em meio a estímulos à mobilidade ativa em todo o mundo, a proposta caiu como uma luva no atual cenário, marcado pela busca de formas sustentáveis para experienciar a cidade.
Entre as mais recentes mostras dessa tendência, estão o projeto de Cidade de 15 minutos, estabelecido em Paris, e a Cidade de 1 minuto, na Suécia. Ambos pensados para que as pessoas encontrem tudo o que precisam a pouco tempo de suas residências.
Um pouco mais antigas, as superquadras, de Barcelona, também têm esse foco de tornar o espaço urbano mais fluido para circulação a pé ou de bike.
Ainda assim, a ideia de uma cidade fechada para automóveis pode esbarrar em outra onda crescente: a dos carros elétricos, também impulsionada pela sustentabilidade.
Além disso, a Arábia Saudita pode entrar em conflito com o próprio mercado de carros a combustão, já que o país é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. De qualquer forma, propostas sustentáveis como essa tendem a amenizar as altas taxas de carbono, assunto que há décadas rende muitas críticas à região. O planeta agradece.
Fonte: Archdaily, Revista Projeto.
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