Por que Barcelona é chamada de Smart city 3.0?
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Junto de Viena, Singapura, Copenhague e São Francisco, o município de Barcelona é um dos mais inovadores e bem-planejados do mundo. Porém, além de figurar no ranking das cidades mais inteligentes da atualidade, a capital da Catalunha tende a ser vista como totem do que se costuma chamar smart city 3.0.
Pesquisadores do segmento de cidades inteligentes classificaram a consolidação das smart cities em três diferentes estágios: no primeiro, encontram-se as cidades inteligentes 1.0, municípios onde as tomadas de decisão são direcionadas pela tecnologia; no segundo, estão as 2.0, nas quais são as demandas dos cidadãos e os governos que direcionam a tecnologia na busca por soluções urbanas; no terceiro e mais recente, estão as 3.0, pautadas em um viés mais inclusivo de transformação urbana, com maior foco no cidadão.
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Nessa fase, a comunidade é envolvida de maneira mais intensa nas estratégias de aprimoramento do espaço onde vive. Conforme explica a diretora de tecnologia de Barcelona, Francesca Bria, “a grande quantidade de dados possibilitada pela tecnologia pertence aos cidadãos”.
É nesse sentido que se faz importante encontrar novas regulações, estratégias e políticas, que coloquem a comunidade no centro das decisões tomadas e com base nessas informações.
Pensando em ampliar o acesso das pessoas aos dados, em Barcelona busca-se oferecer condições para que todos consigam manejá-los e criar formas de aperfeiçoar o conhecimento técnico da população.
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Entre as medidas para isso está a criação de fóruns digitais pensados para incentivar as carreiras científica e tecnológica entre as crianças e de projetos, como a Vincles BCN, com o objetivo de ajudar idosos a superar quaisquer limitações que os impeçam de contribuir para o mundo digital.
Também integram essa proposta canais que possibilitam tomadas de decisões mais diretas pela população. Um exemplo é uma plataforma desenvolvida para reunir e testar propostas coletivas.
O estágio 3.0 de Barcelona está em ascensão. O município segue “colhendo bons frutos” a partir de uma estrutura já consolidada e reconhecida no mundo todo. Suas rel="nofollow noreferrer noopener"famosas superquadras, por exemplo, deverão ser ampliadas juntamente com a atualização da estrutura urbana para esse cenário, especialmente no que diz respeito ao transporte coletivo.
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Com a redução da circulação de carros decorrente da ampliação do projeto das superquadras, as estações de metrôs — ainda mais demandadas — chegaram a ganhar elevadores inteligentes.
Esses elevadores se adaptam às necessidades dos passageiros por meio da leitura de sua base de dados e se movem para o andar da plataforma antes da chegada do trem. Esse tipo de mecanismo é capaz de diminuir o gasto de energia, além de reduzir aglomerações e otimizar a rotina do cidadão.
Fonte: Barcelona Digital City, Urban Hub.