A suspensão é o sistema responsável por absorver os impactos do asfalto e dividir o peso do veículo, assegurando a estabilidade do carro. Parte fundamental do sistema de suspensão são as molas de carro, que precisam tanto de cuidados na hora de dirigir quanto de atenção para a substituição no momento correto.
Todas as peças que fazem parte do sistema de amortecimento dos carros, como molas, pivôs de sustentação, barra estabilizadora e amortecedores, perdem a eficácia devido a desgastes constantes. As molas, porém, costumam ter a manutenção preventiva deixada de lado, só sendo lembradas quando dão problema. Essa atitude pode danificar todo o sistema de suspensão, causando danos custosos ao veículo e podendo colocar a vida de motoristas e passageiros em risco.
A seguir, confira algumas dicas para garantir o bom funcionamento das molas dos carros.
1. Manutenção preventiva
Não espere ter problemas para verificar as molas. Muita gente só se lembra delas ao ouvir barulhos estranhos vindo das rodas. No geral, o indicado é que as molas sejam substituídas a cada 80 mil quilômetros rodados. Depois que o veículo alcança os 40 mil quilômetros, é indicado inspecionar os itens a cada 10 mil quilômetros rodados.
2. Direção defensiva
Infelizmente, boa parte das ruas e estradas brasileiras é ruim, o que diminui o tempo de vida útil das molas. Porém, algumas medidas podem ser tomadas para mitigar esses efeitos, como:
- evitar buracos, mas, quando não for possível, tentar passar por eles em baixíssima velocidade;
- não passar por lombadas em velocidade acima do indicado;
- não exceder o limite de peso indicado no manual do veículo;
- quando precisar carregar muita carga, tentar distribuí-la da forma mais proporcional possível;
- fazer a troca de pneus nos prazos corretos.
3. Calibragem de amortecedores
Em casos em que se troca as molas por opções esportivas, é necessário recalibrar os amortecedores para alcançar os níveis adequados de absorção de impacto.
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4. Cuidados ao rebaixar o veículo
Rebaixar o carro é uma atitude pouco aconselhável tecnicamente, mas muitos motoristas gostam dessa alteração. Nesses casos, é importante se atentar a alguns fatos. A suspensão é desenvolvida a partir de uma série de testes e alcança níveis ideais de padrão de cada peça. As molas utilizadas têm uma elasticidade de referência que, ao ser alterada, modifica o funcionamento de todo o sistema.
Quando se corta a mola, várias outras peças sofrem um impacto diferente do que foram programadas para receber, por isso é necessário fazer o embuchamento de algumas delas e realizar uma nova geometria. Também é contraindicado fazer o corte das molas com calor, pois isso pode diminuir a resistência delas.
5. Geometria e balanceamento
A geometria (ou alinhamento) ajusta o ângulo das rodas para otimizar o funcionamento. O balanceamento ajusta as rodas para que não haja vibrações desnecessárias. Juntos, esses procedimentos evitam o desgaste excessivo do sistema de suspensão, aumentando a vida útil das molas.
6. Inspeção visual
Se você notar sinais de oxidação, pintura descascada, batidas, rachaduras ou quebra, não precisa esperar a hora da revisão. Esses sinais indicam problemas, e é necessário levar o carro imediatamente para um mecânico. Ficou com alguma dúvida? Confira mais sobre o assunto no Oficina Mobilidade Estadão.
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Fonte: Mobilidade Estadão, Canal da Peça, Auto Venice, Michelin, DPK, Posto 214Sul