Hoje, dia 16/09, Alagoas comemora 206 anos de emancipação em relação ao Estado de Pernambuco. Ao destacar o fato na linha do tempo de forma isolada, significa que, em 1817, o local deixou de ser uma comarca e se tornou uma capitania, o que no período representava um passo importante para o desenvolvimento regional, que ganhou um maior impulso desde então.
Sua história já contava com eventos importantes antes da emancipação, a exemplo do ocorrido com a invasão dos franceses ao longo do século XVI. E mais do que isso, a resistência ao domínio português na região também foi bastante expressiva graças à união de escravos que se deu onde hoje corresponde ao território alagoano. Trata-se da maior revolta já ocorrida, no Quilombo dos Palmares, em um movimento que uniu mais de 30 mil escravos.
Pensando nisso, além de conferir a programação que celebra a emancipação política, uma visita ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que fica a 82 km de Maceió, oferece uma excelente oportunidade de obter uma visão mais aprofundada da história do País, mostrando que o Estado oferece muito mais do que belas praias, músicas e desfiles. Confira, agora, algumas curiosidades e dados importantes sobre Alagoas:
Curiosidades sobre Alagoas
Atualmente, Alagoas abriga 102 municípios, 3.127.511 habitantes, e faz divisão com outros três Estados: Sergipe, Bahia e Pernambuco, ocupando uma área de 27.830,661 km² no nordeste brasileiro e sendo banhado na sua porção leste pelo Oceano Atlântico.
Curiosidades envolvendo o Estado não faltam, como o fato de Alagoas ter sido apelidado de “Terra dos Marechais”, já que foi onde nasceram os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, ambos presidentes do Brasil.
Além disso, Alagoas é o segundo menor Estado brasileiro, de modo que supera apenas a extensão territorial de Sergipe.
O Rio São Francisco, que contorna cinco Estados brasileiros, também está presente em seu território, sendo um elemento geográfico que impõe a divisa estadual com Sergipe antes de desaguar no oceano.
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Mobilidade urbana em Maceió
Em se tratando da ocupação do seu espaço, muitos desafios evidenciam deficiências estruturais. Na capital, Maceió, por exemplo, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) é a única alternativa aos ônibus. Ainda assim, o modal sofre com perda de parte da sua extensão e a queda no padrão de qualidade, conforme destaca um estudo publicado pelo Mobilize, em 2022, que retrata o cenário da mobilidade urbana no País.
Por lá, observa-se muito daquilo que ocorre no restante do País, com veículos destinados ao transporte individual ocupando grande parte da malha viária, e gerando congestionamentos que afetam a qualidade de vida da população. Ainda segundo o levantamento realizado, os passageiros que utilizam o transporte público gastam cerca de 15,20% do valor do salário mínimo para o deslocamento.
Desafios em território alagoano
Por outro lado, apenas 7,20% da população da capital têm acesso facilitado às estruturas cicloviárias, o que explica em parte a dificuldade de estabelecer um equilíbrio entre diferentes meios de deslocamento. Nos 44,14 km de ciclovias presentes, relatos envolvendo a falta de integração e a má qualidade das faixas são frequentes. O relatório ainda destaca que se trata de uma das menores extensões dentre as capitais brasileiras.
Segundo o Observatório das Metrópoles, Alagoas ainda está entre os nove Estados brasileiros que apresentam mais da metade da população situada na faixa da pobreza, alcançando os 56,2% e ficando atrás apenas do Maranhão (58,9%) e Amazonas (56,7%).
Além disso, 14,1% da população do Estado vive em situação de extrema pobreza, sendo um valor superior ao observado em Senegal (9,3%) e da própria média brasileira (6,4% em 2022), o que reforça a importância de reduzir as desigualdades por meio de programas que ampliem a oferta de serviços públicos de saúde, educação, segurança, lazer e transporte.
Fonte: Mobilize, Governo do Estado do Alagoas, Observatório das Metrópoles, IBGE