Ciclovia em leito ferroviário desativado: como investir nessa solução?

18 de julho de 2023 4 mins. de leitura

Entenda quais aspectos devem ser considerados para transformar antigos leitos ferroviários em ciclovias

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As áreas destinadas à circulação de bicicletas aumentaram nos últimos anos, sendo reflexo tanto da pandemia de covid-19 quanto de projetos que, atendendo a essa demanda específica, buscavam reduzir o uso de automóveis.

Entretanto, ao considerar a expansão das ciclovias fazendo uso de estruturas abandonadas, de forma específica, os leitos ferroviários desativados surgem como uma alternativa interessante. Entenda agora quais são os principais pontos que devem ser considerados neste tipo de adaptação e quais são os potenciais benefícios envolvidos.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Com o abandono de linhas ferroviárias, suas antigas estruturas passaram a constituir uma barreira nas cidades. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Desafios e oportunidades

Interligar diferentes localidades é a premissa envolvida em qualquer meio de transporte e, ao considerar o aproveitamento das estruturas férreas desativadas para ampliar as ciclovias nas cidades, a segurança é o principal elemento que deve ser considerado.

Isso significa que os trechos selecionados devem ser bem iluminados e apresentar condições para uma travessia segura. E, apesar de se tratar de condições básicas, elas comumente são negligenciadas nas diferentes estruturas entregues à população.

Sendo assim, pode ser observado exemplos como as ciclovias que apresentam dimensões muito reduzidas, dificultando a circulação, ou a existência de obstáculos que impossibilitam o deslocamento.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Investir na oferta de pistas que ofereçam o melhor trajeto aos ciclistas é um desafio vivenciado em diferentes cidades do País. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Ao considerar as oportunidades envolvidas, por outro lado, esse tipo de obra oferece possibilidades para promover uma nova forma de conexão, evitando que as rotas dos ciclistas sejam interrompidas e inviabilizem essa prática.

Sua aplicação também é uma alternativa para acesso em áreas mais isoladas, evitando que a calçada seja dividida entre ciclistas e pedestres, ou entre veículos, nas chamadas ciclorrotas.

Vale lembrar que tal uso das linhas férreas desativadas abrange a introdução de um novo fluxo em áreas que outrora foram as principais rotas de deslocamento e, com esse novo papel, poderiam estabelecer uma nova dinâmica nas cidades, com acreditáveis impactos econômicos no comércio local.

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Projetos que utilizam antigos leitos ferroviários buscam fomentar a prática do ciclismo e da caminhada. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Explorando o potencial das ciclovias em novas rotas sustentáveis

Como exemplo das possibilidades advindas dessa aplicação, temos o projeto Trilhas da Mogiana, que compreenderá a construção de uma ciclovia de 11 km de extensão no interior paulista, ocupando uma via férrea desativada próxima ao Rio Jaguari.

Um dos objetivos envolvidos na ação é o de promover o turismo entre os municípios de Pedreira e Jaguariúna, além de oferecer maior contato com paisagens da natureza.

Nos Estados Unidos, um anel ferroviário desativado localizado no estado da Geórgia é usado desde 2013 para a construção de uma estrutura inovadora, batizada de BeltLine. Por lá, com as rotas multiusos, ciclistas e pedestres podem usufruir do novo espaço para se deslocar, beneficiando diferentes públicos.

Por fim, outra vantagem identificada é a ligação entre pontos importantes da cidade, já que uma conexão facilitada entre área central e periferia pode tanto reduzir as desigualdades, por promover novas rotas de acesso a regiões com maior oferta de empregos, quanto auxiliar na revitalização de bairros.

Fontes: Prefeitura de Jaguariúna, Estadão, Atlanta Beltline

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